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Política Quinta-feira, 05 de Maio de 2016, 11:05 - A | A

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Quinta-feira, 05 de Maio de 2016, 11h:05 - A | A

TOMA LÁ DÁ CÁ

Taques entende críticas de deputados, mas destaca que AL deveria também se autofiscalizar

FERNANDA ESCOUTO

Chefe do Executivo, Pedro Taques (PSDB) afirmou que entende as críticas recebidas por alguns deputados estaduais, após ter a secretaria de Educação (Seduc), envolvida em um esquema de corrupção. O tucano destacou que Assembleia Legislativa (ALMT) deveria usar o mesmo poder que tem para fiscalizar o governo, para também se autofiscalizar.

 

José Medeiros/Secom-MT

perminio/pedro taques/educação

Governador Pedro Taques e secretário de Educação afastado Permínio Pinto

A Seduc foi alvo da Operação Rêmora, deflagrada pelo Gaeco nesta terça-feira (3), que investiga um esquema de fraudes em contratos de licitações e contratos administrativos de obras públicas de construção e reforma de escolas.

 

“É papel do Parlamento fiscalizar, quero louvar o deputado pela fiscalização, isso faz parte do processo democrático. Aliás, se a ALMT passada tivesse fiscalizado melhor, nós não chegaríamos nesse escândalo de hoje e também se a Casa tivesse se auto investigado, os valores que o Ministério Público Estadual afirmou que foram desviados lá, não chegariam a esse monte”, concluiu Taques, pontuando que não teme um desgaste entre os Poderes.

 

Operação Rêmora

 

Segundo a denúncia, a organização criminosa era composta por três núcleos: de agentes públicos, de operações e de empresários.

 

Os servidores da secretaria de Educação, Moisés Dias Silva, Wander Luiz e Fábio Frigeri, que receberam mandado de prisão, formavam o núcleo de agentes públicos, que era responsável por repassar as informações privilegiadas das obras que iriam ocorrer e também garantir que as fraudes nos processos licitatórios fossem exitosas, além de terem acesso e controlar os recebimentos dos empreiteiros para garantir o pagamento da propina.

 

O núcleo de operações, após receber informações privilegiadas das licitações públicas para construções e reformas de escolas públicas estaduais, organizou reuniões para prejudicar a livre concorrência das licitações, distribuindo as respectivas obras para 23 empresas, que integram o núcleo de empresários.

 

Já o núcleo de empresários, que se originou da evolução de um cartel formado pelas empresas do ramo da construção civil, se caracterizava pela organização e coesão de seus membros, que realmente logravam, com isso, evitar integralmente a competição entre as empresas, de forma que todas pudessem ser beneficiadas pelo acordo.

 

As fraudes no caráter competitivo dos processos licitatórios começaram a ocorrer em outubro de 2015 e dizem respeito a, pelo menos, 23 obras de construção e/ou reforma de escolas públicas em diversas cidades do Estado de Mato Grosso, cujo valor total ultrapassa o montante de 56 milhões.

 

Na operação foram presos os servidores Moisés Dias Silva, Fábio Frigeri e o empresário Giovani Guizzardi. O outro funcionário, Wander Luiz, recebeu mandado de prisão, entretanto, ele está viajando de férias.

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