A primeira-dama e vereadora por Cuiabá, Samantha Iris (PL), disse que há um "grande desencontro" de informações quanto ao cadastro das famílias assentadas do Contorno Leste. Essa falta de ordem na coleta de dados, segundo ela, acabou contribuindo para que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, determinasse a proibição da desocupação do espaço. Dino questionou os critérios colocados para filtrar as famílias contempladas com casas populares. Das cinco mil, apenas 172 foram aprovadas no filtro do governo para inscrição em programas sociais.
Samantha vê a decisão como positiva por conceder mais tempo para que haja um consenso. A primeira-dama pontuou que além da Prefeitura, deputados estaduais, a Justiça, o governo do Estado e lideranças locais estão envolvidas na trama. A participação de diferentes entes dificulta o entendimento pois cada um é favorável a uma solução diferente. A primeira-dama propõe um trabalho em conjunto.
"Cada um falava uma coisa ou levava o pessoal a pensar uma coisa ou outra. A Prefeitura sabe que existe um déficit habitacional muito grande com 700 casas. No entanto, foram 85 mil inscrições", detalhou Samantha Iris no programa Roda de Entrevista, na TV Mais, afiliada à TV Cultura, nesta quinta-feira (2).
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As 85 mil inscrições foram submetidas ao programa "Casa Cuiabana" do prefeito Abilio Brunini (PL), uma versão mato-grossense do "Minha Casa, Minha Vida" do presidente Lula (PT). A iniciativa atenderá parte das famílias. A Secretaria de Estado de Assistência Social (Setasc-MT) absorverá outra parte da demanda por meio do programa SER Família Habitação, idealizado pela primeira-dama Virginia Mendes (União Brasil).
Segundo Samantha, as 85 mil inscrições ainda estão em processamento. A dificuldade neste momento está justamente em identificar as famílias que se enquadram nos critérios sociais dos programas — análise que resultou no deferimento de Flávio Dino, segundo o qual 1.283 inscrições foram excluídas por apresentarem vínculo empregatício formal, serem microempreendedores individuais (MEI), possuírem imóvel próprio, ou terem antecedentes criminais ou mandado de prisão em aberto.
"Isso está sendo processado. Esses dados precisam ser conferidos. Tem muita coisa envolvida, mas há um grande desencontro de informações. A Justiça de Mato Grosso vai orientar a melhor saída, a melhor forma de ajudar. Por mais que dizem que são cinco mil famílias, não existem cinco mil casas à disposição. Por isso, a gente tem que fazer esse filtro. Acho que isso tem ser um trabalho em conjunto", opinou Samantha.
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