A senadora cassada e juíza aposentada Selma Arruda (Podemos) avaliou como "possível" a candidatura do ex-governador Pedro Taques (SD) ao Senado e pensando nesse cenário, ela não descarta um possível apoio ao ex-chefe do Executivo. O pleito suplementar está marcado para o dia 15 de novembro, após ter sido adiado por conta da pandemia de coronavírus.
Alan Cosme/HiperNoticias
“Eu acho o Pedro Taques um excelente nome. Não digo para você que é um nome ruim ao Senado, não. Ele foi um bom senador, é uma opção boa, bem melhor do que esses outros que estão apontando. Digamos que para mim, ele [Taques] ou o Reinaldo [Moraes], são nomes muito possíveis, prováveis. Eu acho que o Pedro tem uma boa história e pode contribuir também”, afirma ao HNT.
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Apesar de enxergar Taques como uma possibilidade, a ex-senadora acredita que a sua pré-candidatura é arriscada, devido à alta rejeição com que deixou o governo do Estado em 2018. Em março, o ex-governador saiu do PSDB para se filiar ao Solidariedade e ser pré-candidato ao Senado.
“A alta rejeição pode influenciar, sim. Eu acho que não está madura essa ideia dele concorrer. Eu até conversei sobre isso, se eu estivesse no lugar dele, tanto para mim quanto para ele, essas feridas políticas deixadas são muito recentes. Eu obviamente não posso concorrer por questões judiciais, mas se pudesse, eu não gostaria de concorrer agora. Eu acho que para tudo tem hora”, avalia.
Para Selma, o momento é de suspense e intensidade. Ela ressalta que tem sido cuidadosa em seu posicionamento ao indicar um político na eleição. Questionada sobre um possível apoio a Reinaldo Moraes, o Rei do Porco, a juíza aposentada diz que nada está confirmado.
“É difícil você indicar um advogado, um médico para alguém, quanto mais você indicar um político para uma população inteira. A gente precisa ter um cuidado muito especial em relação a isso”, ressaltou.
Selma foi cassada em 2019, por abuso de poder econômico e captação ilícita de recursos durante a campanha eleitoral de 2018. Em abril deste ano, a Mesa Diretora do Senado oficializou a decisão e empossou interinamente Carlos Fávaro (PSD), terceiro colocado na disputa. Por causa da cassação, Selma foi considerada inelegível durante o período de 8 anos pela Justiça Eleitoral.
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