O presidente do PL em Cuiabá, Dito Lucas, afirmou ao HNT que o vereador Chico 2000 (PL) pediu a carta de anuência para deixar o partido, porém, ainda não retirou o documento oficializando sua desfiliação. A carta foi assinada pelo presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, e o presidente do PL em Mato Grosso, Ananias Filho, em 19 de fevereiro deste ano, antes da Operação Perfídia ser deflagrada pela Polícia Civil e Chico ser afastado da Câmara pela Justiça. Nesta quinta-feira (5), o vereador foi alvo de outra operação, desta vez, pela Polícia Federal. A Operação Rescaldo o investiga pela suposta compra de votos nas eleições 2024.
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De acordo com Dito Lucas, o diretório municipal percebia que "o clima não estava legal" para Chico continuar no partido desde 2024 quando o vereador começou a trocar farpas com o prefeito Abilio Brunini (PL), à época, deputado federal e candidato ao Alencastro. Chico, que estava presidente da Câmara, tentava se viabilizar como candidato a prefeito, mas a intenção não foi bem recebida pelo grupo político.
O vereador recuou e focou no pleito pela reeleição à Câmara. Ao sair vitorioso e garantir mais um mandato no Legislativo, Chico travou outro duelo interno, agora com Paula Calil (PL), defendida como candidata à presidência por Abilio. O vereador se alinhou com Jeferson Siqueira (PSD), líder da oposição, que era o cabeça de chapa, mas cedeu o lugar a Chico.
"Ficou um climão no partido. Ele disputou com a Paula a Mesa Diretora. Na campanha, já tivemos que administrar uma trégua entre ele e o Abilio, mesmo assim é um filiado antigo do partido, não tinha como expulsá-lo por conta da candidatura do Abilio, procuramos um caminho, fizemos uma conciliação para a eleição e, passado isso, ele solicitou a carta de anuência para deixar o partido", disse Dito Lucas à reportagem nesta quinta-feira (5).
O pedido de desfiliação foi feito antes da Polícia Civil deflagrar a Operação Perfídia, em abril deste ano, que investiga o suposto recebimento de propina para beneficiar a empreiteira HB20 Construções. O inquérito aponta que Chico "deu aval" ao vereador Sargento Joelson (PSB) - que também foi afastado do Legislativo - para negociar valores com funcionário da empresa.
"Nós fizemos essa carta , só que ele não oficializou, acho que por estratégia jurídica, mas foi dada a carta de anuência. Foi pedido dele, foi conciliado, conversado, procuramos não fazer nenhum tipo de atrito com ele, mas entendemos a necessidade pois o clima que não estava legal junto do governo do Abilio e Paula", explicou Dito Lucas.
A carta de anuência autoriza a filiação em um novo partido, cumprindo a legislação eleitoral, sem o risco de perder o mandato.
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