O presidente da Câmara Municipal de Canarana, Joá José Porto dos Santos (MDB), classificou como “muito vergonhosa” a situação envolvendo o vereador Thiago Bitencourt Ianhes Barbosa, preso no sábado (31) suspeito de estuprar uma adolescente e investigado por abuso contra uma criança de 2 anos. A declaração foi dada logo após a sessão ordinária desta segunda-feira (2), na qual os parlamentares aprovaram por unanimidade a abertura de uma Comissão Processante para apurar os fatos e dar início ao processo de cassação do mandato do parlamentar.
"É uma sessão que a gente trouxe com muita tristeza. Moro aqui há muitos anos e jamais imaginávamos que algo assim pudesse acontecer dentro do nosso parlamento", declarou Joá José, visivelmente abalado com as acusações. Ele destacou que o vereador Thiago, médico de formação, atuou por anos em uma unidade de saúde da cidade sem jamais ter sido alvo de denúncias enquanto profissional.
Durante o pronunciamento, o presidente prestou solidariedade às vítimas e às famílias. Ele se comprometeu a cobrar das autoridades municipais apoio psicológico às vítimas e pediu diretamente ao prefeito Vilso Buguellini e ao secretário de Saúde que tomem providências. “Essas famílias precisam de atendimento. A dor que uma mãe e uma criança passam só quem vive sabe. Nós aqui não ficaremos impunes diante disso”, garantiu.
Joá também repudiou com firmeza os crimes atribuídos ao colega de parlamento. “É uma situação muito vergonhosa. Lamento dizer que um ser humano, um médico que fez juramento para salvar vidas, cometeu um ato como esse. Nós vivemos no século XXI, e esperava-se que um profissional como ele tivesse mais responsabilidade”, afirmou.
O presidente da Câmara afirmou que o vereador já se encontra afastado das atividades legislativas e preso preventivamente, e reforçou que a comissão instalada tem como objetivo dar uma resposta à sociedade. “Com certeza, pessoas como essa não têm que estar em nosso meio representando a comunidade”, frisou.
Por fim, Joá afirmou que a Câmara está comprometida com a legalidade e a ética, e que acompanhará o caso até o fim. “A justiça já começou a ser feita. E acredito que Deus vai agir diante dessa causa tão dolorosa para nossa cidade”, concluiu.
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