O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), afirmou que a suplementação do orçamento da Câmara de Vereadores de R$ 6,7 milhões, não tem "vínculo" com a tentativa dos vereadores em instaurar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), para investigar o gestor. O requerimento para apurar a acusação feita por Silval Barbosa (PMDB) de que o prefeito recebeu "mensalinho", registrada no vídeo, em que Emanuel aparece colocando dinheiro nos bolsos do paletó, recebeu apenas seis, das nove assinaturas necessárias e a suplementação ocorreu alguns dias depois da CPI ser "enterrada", o que gerou certa "desconfiança".
"A suplementação é perfeitamente técnica e legal. Mas, ordem judicial não se discute, se cumpre e nós vamos esclarecer, nesta semana, ao Tribunal de Contas, à Justiça e ao Ministério Público de Contas (MPC) que não teve nenhuma vinculação com CPI", afirmou Emanuel, esclarecendo que a CPI ainda não foi apresentada ou arquivada, pois enquanto ela não atingir as nove assinaturas ela não pode ser apresentada.
O prefeito ainda afirmou que a suplementação era um pleito da Mesa Diretora da Câmara de Cuiabá e que vinha sendo estudada desde o mês de maio. Segundo Pinheiro, o estudo foi coordenado pelo secretárip de Fazenda de Cuiabá, pelo secretário de Planejamento e pelo Contador-Geral do Município. Emanuel ainda disse que o processo está "tecnicamente embasado".
"A câmara fez 400 demissões agora. Ela [suplementação] teve total respaldo técnico e foi só para resolver um problema do Poder Legislativo municipal. Eu joguei para o segundo semestre devido o equilíbrio do caixa, pois eu estou no primeiro ano de governo", afirmou.
"A minha relação com a Câmara dos Vereadores é altamente republicana, de alto nível e isso também vai ser demonstrado, tanto para o Tribunal de Contas do Estado, como para o Tribunal de Justiça", finalizou o prefeito.
Decreto suspenso
O decreto, no qual Emanuel transferia mais recursos para a Câmara foi suspenso por uma decisão liminar do juiz Luis Aparecido Bertolucci Junior, titular da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular de Cuiabá. A ação foi proposta pelo vereador Felipe Wellaton (PV), na semana passada, e também pedia o afastamento do prefeito do cargo, o que foi negado pelo juiz.
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