Mayke Toscano/Hipernotícias |
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Republicanos contabilizam perda de posições no governo Silval Barbosa: em 100 dias, duas secretarias a menos |
“Já precisávamos de mais espaço antes mesmo da saída do Éder [Moraes] da Casa Civil; agora, então, precisamos ainda mais, devido ao tamanho e a importância do PR nesse governo”, apontou o deputado Sérgio Ricardo, a segunda maior votação para estadual em 2010, com mais de 80 mil votos.
O PR alega que já perdeu duas secretarias no Governo de Silval: a de Desenvolvimento Rural, que foi cedida para a acomodação do deputado Zé Domingos, do DEM; e agora a da Casa Civil, para o PMDB. Eles farão a cobrança em nova reunião com o governador, já agendada para a próxima quarta-feira (20).
Embora o governador tenha dito aos republicanos, durante reunião da tarde, que o partido estava contemplado, uma vez que Eder Moraes vai presidir a Agecopa, o PR faz outra conta, já que, para assumir a autarquia, seus membros não podem ter filiação partidária.
Os republicanos também vão cobrar de Silval Barbosa a definição se o cargo e Secretário Chefe da Casa Civil é cota pessoal do governador ou indicação dos partidos da base de sustentação. O deputado federal Wellington Fagundes, presidente do PR, não concorda com a tese de que o cargo seja cota pessoal, e coloca a Casa Civil na conta do PMDB.
“Perdemos duas secretarias, a de Agricultura e agora a Casa Civil, e nós vamos questionar isso ao governador. Queremos deixar isso muito claro; de quem é a Casa Civil? Nós achamos que pertencia ao PR, e agora está com o PMDB”, apontou Fagundes.
A tal “compensação”, entretanto, pode ocorrer de outra forma. Uma alternativa, disse Fagundes, seria o fortalecimento das secretarias que hoje são comandadas pelo PR. “Vamos citar como exemplo a Secretaria de Cultura [cujo titular é o deputado licenciado João Malheiros], que poderia ter um orçamento melhor para poder atender mais e melhor a demanda”, sinalizou.
Em meio à polêmica, o deputado Sergio Ricardo, que é primeiro-secretário da Assembléia Legislativa - cargo já ocupado por Silval -, adianta que solicitará do governador a criação de uma Superintendência da Pesca. Isso poderia melhorar as opções que serão apresentadas na reunião com Silval, apesar da proposta não ter sido discutida internamente entre os republicanos, conforme assegurou Fagundes.
MAL-ESTAR
AL |
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A revolta dos republicanos foi amenizada quando foram informados por Mauro Savi de que Silval Barbosa o havia avisado, bem como ao governador Blairo Maggi, da escolha por Lacerda, durante viagem que fizeram a Água Boa, no sábado, quando participaram do mega leilão organizado pelo empresário e prefeito da cidade, Maurício Tonhá, o Maurição.
Já o governador Silval foi frio e taxativo: “Ele [Éder Moraes] está indo para a Agecopa pelo partido; mesmo estando se desfiliando do PR, ele não estará deixando de responder pelo partido”, disse o chefe do Executivo, argumentando que a escolha de José Lacerda foi opção sua devido ao perfil e à experiência do ex-deputado, o que atende aquilo que o Paiaguás precisa.
Wellinton Fagundes e maioria dos membros do PR não se opõem ao nome de Lacerda, ao contrário, o endossam, mas não abrem mão da luta para não encolherem sua participação direta no staff estadual.
SABATINA
“Não há dúvida de que se o Éder for bem na Agecopa, o PR não vai abrir mão de dizer que ele saiu das fileiras do nosso partido, inclusive o PR vai apoiar sua administração”, adiantou Fagundes, sem arredar pé de que, ainda assim, seu partido é o grande prejudicado com a mudança.
Éder Moraes, que teria participado da reunião na Assembléia, não foi visto ao final do encontro de lideranças do PR. Ele será sabatinado na sessão desta terça [19] no plenário da Assembléia, no fim da tarde. Único líder republicano que não compareceu ao encontro foi senador Blairo Maggi.
A sabatina tende a ser meramente protocolar, já que 17 dos 24 deputados estaduais endossaram, na semana passada, o nome de Éder Moraes para o cargo de presidente da Agecopa.
RECUSA
Mauro Savi avisou aos correligionários durante o encontro do almoço que havia sido sondado pelo governador Silval para o cargo, mas que condicionou seu aceite a ter carta branca para atuar na função. “Fui líder do governador Blairo Maggi durante sete anos, e do próprio Silval por nove meses. Disse a ele que precisava de respaldo para poder desempenhar a função, caso a aceitasse”, disse Savi aos colegas, o que foi interpretado pelos republicanos como uma recusa do convite.
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rufanobombo 19/04/2011
todo esse barulho do pr é puro jogo de cena ,o governador silval barbosa agiu com firmeza ao escolher josé lacerda para o posto de chefe da casa civil,é o senhor willigton fagundes ,tem que respeitar as decisões do governador ,ou ele acha que manda no governo?
1 comentários