A ministra do Clima e Meio Ambiente, Marina Silva, disse em participação no G20 - cujos painéis são promovidos simultaneamente em Mato Grosso e no Rio de Janeiro - que o país atravessa uma "emergência climática" e o desafio dos governantes é promover a adaptação da sociedade aos extremos. Em uma referência aos incêndios florestais que atingem MT, a ministra afirmou que a crise climática não está mais em futuro distante como se pensava, porém, é experimentada nos dias atuais. Em tom de alerta, Marina destacou que o Brasil terá de se reinventar para superar o desequilíbrio que implicará em recorrentes ondas de calor, secas severas, chuvas torrenciais ou incêndios.
"É hora com chuvas, hora com incêndios que provocam a perda da nossa biodiversidade e afetam, claramente, a todas as pessoas e as situações de desenvolvimento econômico e social de várias regiões, principalmente, quando se tratam das pessoas mais vulneráveis", falou a ministra.
Delimitado o cenário, Marina Silva continuou apontando que acabou o tempo para o país erradicar o desmatamento e outras práticas de exploração que geram lucro alto, mas devastam o meio ambiente.
"O Brasil está sendo severamente impactado pela seca, ondas de calor e incêndios florestais que devastam nossas florestas comprometem a saúde pública e colocam em risco a segurança alimentar e hídrica do país. Precisamos ir além e é preciso sobretudo transformar nossos modelos insustentáveis de desenvolvimento", disparou.
Marina Silva comemorou o fato de que outros ministérios estão abraçando o convite de participarem do G20 e explicou que os documentos editados durante as audiências irão nortear o governo federal a conceder aportes para os gargalos identificados.
"A capacidade de reunir ministros do Meio Ambiente, da Fazenda, Relações Internacionais e Bancos Centrais, enviando uma mensagem clara e fundamental que a governança climática e financeira precisam caminhar lado a lado reforçando uma a outrra. A declaração de ministros e documentos de resultado são complementares e indispensáveis para que o G20 possa desempenhar o seu papel na mobilização de recursos", finalizou a ministra.
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