O governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), voltou a criticar a atuação de ambientalistas que estão se opondo ao projeto da Ferrogrão, ferrovia que pretende escoar a produção de soja da região Centro-Oeste pelos portos do Norte do país. Para o governador, os críticos estão a serviço de alguém ou alguma causa, menos do progresso do estado.
"Esses ambientalistas, eu imagino que eles estejam a serviço de alguém, de algumas pessoas, menos do meio ambiente e muito menos dos mato-grossenses e dos brasileiros", disse Mendes, na manhã desta sexta-feira (19), durante a inauguração da incompleta duplicação da BR-163/364, no Distrito Industrial, com a presença do ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas.
Neste sábado (21), o ministro participa de uma audiência em Sinop (500 km de Cuiabá). O evento deve contar com representantes da Prefeitura de Sinop, Câmara de Vereadores e com apoio do Sindicato Rural, além lideranças políticas federais e estaduais.
Mendes já havia criticado os ambientalistas anteriormente em entrevista à imprensa. O governador chegou até a soltar um 'aqui para ele", com o gesto conhecido como "banana", feito com os braços.
"Quando eles, no território deles estiverem preservando pelo menos 40% como nós fazemos aqui, eles voltam aqui para falar de meio ambiente. Senão, é muito suspeita a atitude deles. Façam primeiro lá, nos países deles, aquilo que eles querem que a gente faça aqui", completou Mendes.
Entre as críticas dos ambientalistas e de organizações da sociedade civil está a previsão de que a ferrovia possa aumentar o desmatamento nas cidades por onde passar e prejudicar comunidades indígenas.
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Ferrogrão
A ferrovia cumprirá um papel estruturante para o escoamento da produção de milho, soja e farelo de soja do Estado do Mato Grosso, prevendo-se ainda o transporte de óleo de soja, fertilizantes, açúcar, etanol e derivados do petróleo.3
O investimento previsto na implantação da ferrovia é de R$ 8,42 bilhões iniciais, podendo ser financiado pela emissão de títulos verdes ou green bonds. Ao longo do período de operação, são estimados outros R$ 13,1 bilhões de investimentos, totalizando R$ 21,5 bilhões de investimentos na concessão.
O corredor ferroviário transportará, pelos seus 933 km de trilhos, soja, farelo de soja e milho, principalmente. A estimativa é de que sejam transportadas mais de 20 milhões de toneladas de cargas no início da operação, prevista para 2030, e de cerca 50 milhões de toneladas ao final do período de 69 anos de concessão.
O trecho objeto da concessão compreende o segmento ferroviário entre os municípios de Sinop/MT e Miritituba, distrito do município de Itaituba/PA, onde serão instalados os portos
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