O deputado federal José Medeiros (Podemos) sinalizou que pode adiar os planos de concorrer ao Senado Federal, caso essa seja a vontade do presidente Jair Bolsonaro (PL). O parlamentar, entretanto, negou que já esteja pacificado o apoio do presidente à reeleição do senador Wellington Fagundes (PL). Ao HNT, Medeiros revelou que, apesar de ter migrado para o partido de Fagundes, a prerrogativa que permitiu a filiação de Bolsonaro à legenda foi justamente a possibilidade de escolha do presidente com relação aos candidatos ao Senado.
"Quando eles fizeram, vamos dizer assim, o casamento, a prerrogativa foi a seguinte: Valdemar [presidente nacional do PL] escolhe a bancada federal. O que é importante para Valdemar? Crescer o partido na bancada federal, eleger muitos deputados. E com o presidente fica a prerrogativa de escolher o Senado. Não tem nada a ver o Wellington estar escolhido porque o presidente foi para o PL, isso vai ser uma escolha pessoal do presidente Bolsonaro", disse, nesta sexta-feira (3).
A declaração é reflexo de entrevista do senador Flávio Bolsonaro à TV Cidade Verde. Na ocasião, o filho "01" do presidente Jair Bolsonaro defendeu o apoio do pai a Wellington Fagundes. José Medeiros recebeu o posicionamento com naturalidade. "Quanto o fato do Flávio dizer aquilo, é até natural. Eles estão ali há três anos juntos, você cria uma afinidade, então é mais do que normal. É a mesma coisa que se perguntasse para o Eduardo, talvez a resposta fosse a mesma em sentido contrário, porque o Eduardo está na Câmara comigo", comentou.
Quanto à lealdade ao presidente, Medeiros ratificou o entendimento de Flávio Bolsonaro. Ele, inclusive, admitiu a possibilidade de recuar de sua pré-candidatura ao Senado, a pedido de Jair Bolsonaro.
"Eu nunca apoiei Jair Bolsonaro com condicionantes, mas lógico que eu gostaria desse apoio porque ele é importante em Mato Grosso, né? Não só importante, ele é decisivo. Ele é muito forte no nosso Estado [...] Mas se eventualmente o presidente chega e conversa comigo e fala que tem um projeto e a gente tem que mudar de plano, a gente muda. Não é assim, com Bolsonaro ou sem Bolsonaro, eu estou com ele", garantiu.
Se por um lado a lealdade fala mais alto, por outro, a identificação entre Medeiros e o eleitorado bolsonarista, segundo o próprio deputado, deve ser maior. "Eu vejo que em se tratando de identificação, pelo histórico, pela caminhada de longo tempo, arrisco a dizer que há uma identificação maior desse público com a minha candidatura, mas eu não tenho como decidir pelo presidente", finalizou.
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