TSE
Apenas dois dos deputados federais de Mato Grosso, que foram eleitos em 2018 por meio da votação em urnas eletrônicas, se manifestaram de forma contrária à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que previa a implantação do voto impresso no sistema eleitoral brasiçeiro e também em plebiscitos e referendos. São eles: Valtenir Pereira (MDB) e Professora Rosa Neide (PT).
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Os outros cinco, Emanuel Pinheiro Neto (PTB), José Medeiros (Podemos), Juarez Costa (MDB), Nelson Barbudo (PSL) e Neri Geller (PP), votaram sim ao projeto da deputada federal Bia Kicis (PSL-DF). O deputado Dr. Leonardo (Solidariedade) não participou da votação. O resultado já era esperado, tendo em vista que os parlamentares da bancada federal de Mato Grosso não fazem oposição ao governo federal, que tem o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) como o maior defensor e crítico do sistema eleitoral eletrônico.
Vice-líder do governo federal, Medeiros afirmou que a opinião pública, a imprensa, e a articulação do presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso, foram fundamentais para a derrota de Bolsonaro. Medeiros lembrou as manifestações realizadas em todo o Brasil, favoráveis ao voto impresso. Para o parlamentar, o resultado da votação contrariou a vontade popular. "Não deram nenhum valor para essas manifestações, queriam até criminalizar. O povo está vendo quem é do time e quem está jogando bola nas costas. Não estamos felizes, mas vida que segue!", disse Medeiros.
No total, foram 448 votos computados durante a sessão desta terça-feira (10). Como a PEC não atingiu os 308 votos necessários para ir à segunda votação, o projeto foi arquivado e o presidente da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP-AL), disse em entrevista coletiva à imprensa, após a votação, que o assunto está encerrado. "Não teríamos nem tempo, nem espaço para retomar esta questão nessa legislatura". Lira ainda disse que o resultado foi "soberano, altivo e democrático". A PEC recebeu 229 votos favoráveis e 218 contra.
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