Mato Grosso figura na lista dos Estados onde a eleição para deputado federal deve ser mais concorrida. Com 108 candidatos ao cargo, a concorrência a cada uma das oito vagas de federal é a 13,50 por um lugar na Camara. O valor corresponde a sétima maior média do país.
Para o analista político João Edisom, essa competitividade se dá por conta das diversidades regionais do Estado. Destaca que em Mato Grosso tem uma divisão interna de quatro Estados, um formado pela região do Araguaia, a região produtora (Norte), Baixada Cuiabana (região metropolitana de Cuiabá) e região Sul.
De acordo com João Edisom, entre todas, o Araguaia é a região mais pobre e que por consequência apresenta os maiores problemas. Pouco desenvolvida ainda tenta se firmar economicamente, passa por profundas mudanças econômicas trocando a pecuária pela agricultura.
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A região metropolitana de Cuiabá é a com maior potencial em votos. O analista destaca que a região tem dividido votos com representantes da região de Cáceres, que no pleito passado conseguiu reeleger o deputado federal, Pedro Henry (PP), cassado no ano passado depois de ser condenado por participar do caso que ficou conhecido como “escândalo do mensalão”.
O analista também lembra que a região Sul do Estado, puxada por Rondonópolis também tem conquistado espaço nos últimos pleitos conseguindo eleger ao menos um representante na Câmara Federal. Atualmente, Wellington Fagundes é o represnetante do Sul na Câmara, mas agora concorre a uma vaga no Senado.
Para ele essas diferenças regionais têm sido o principal fator para que haja um grande número de candidatos ao cargo de deputado federal. Destaca ainda que os representantes de cada região tem uma ideia diferente acerca de assuntos de grandes discussões como a Lei Kandir, que isenta de impostos produtos in natura destinados à exportação.
VAGAS
Dos oitos deputados federais cinco concorrem à reeleição: Nilson Leitão (PSBD), Eliene Lima (PSD), Ságuas Moraes (PT), Carlos Bezerra (PMDB) e Valtenir Pereira (PROS). No entanto, o analista afirma que esse fator não influenciou no grande número de postulantes.
Isso porque, segundo ele, os motivos das desistências de concorrer à reeleição foram de causas naturais. Como Wellington Fagundes (PR), que é candidato ao Senado; Júlio Campos (DEM), que quer deixar a vida pública e Roberto Dorner (PSD) que deixou a disputa para cuidar dos negócios pessoais.
RANKING
A maior concorrência registrada está no Rio de Janeiro, onde 1.068 candidatos disputam 46 vagas. Com media de 23,22 candidato por vaga. Seguidos de São Paulo, onde a concorrência é de 20,86 candidatos por cada vaga uma das 70 vagas.
Pernambuco é o Estado com o menor número de concorrentes por vaga, 170 candidatos disputam as 25 vagas disponíveis para o Estado na Câmara Federal. O que dá uma média de 6,8 candidatos por vaga.
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