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José Jaconias (esquerda) também é acusado de participar do esquema milionário |
A sessão de julgamento de cassação do prefeito afastado de Tangará da Serra, Júlio César Ladeia (PR), do vice, José Jaconias da Silva (PT), e de quatro vereadores, deve durar uma semana.
É que para iniciar o processo de cassação, a Câmara de Vereadores de Tangará da Serra (210 km de Cuiabá) é obrigada a proceder leitura do relatório da Comissão Processante, que chega a 728 páginas.
Porém, parlamentares e advogados de defesa do prefeito, do vice e quatro vereadores, também afastados, entraram em consenso e concordaram com leitura de parte do relatório, que começou a ser lido às 10h desta quarta-feira (24).
Segundo o coordenador de imprensa da Câmara de Tangará, Lauro Vacari, a leitura de parte do relatório deve durar uns quatro dias. Depois disso, a Mesa Diretora da Câmara abre espaço para os advogados de defesa, que têm direito à escolha de leitura de partes dos autos, que têm 15 mil páginas.
Mas a sessão de julgamento também provoca uma situação curiosa. É que 10 vereadores tem assento no Plenário, mas 13 vereadores vão participar das sessões. Isso porque entre os parlamentares afastados há filiados ao DEM, PR, e PT, além de que o prefeito é republicano e o vice, petista.
Pelo regimento, um vereador do PT, por exemplo, não pode expressar voto para o vice-prefeito afastado, José Jaconias. Nessa mesma situação encontra-se o prefeito afastado, Júlio César Ladeia, filiado ao PR.
Por isso, explica o coordenador de imprensa da Câmara, foram convocados três suplentes de outros partidos para votarem no lugar dos outros colegas de parlamento.
DESVIO DE DINHEIRO
O prefeito Júlio César Ladeia, o vice José Jaconias, e os vereadores Haroldo Lima, Paulinho Porfírio, Celso Ferreira e Genilson Kezomae, todos afastados dos cargos, são acusados de desviarem dinheiro público em contratos firmados com a Oscip Idheas. O esquema foi descoberto pela Polícia Federal, durante a operação Higeya, realizada em abril de 2010.
A Polícia Federal prendeu 26 pessoas em Tangará da Serra, Cuiabá e outros municípios como Cuiabá; Cáceres; Pontes e Lacerda; Sinop; Canarana e Santo Antônio do Leverger, além de Rondônia, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal.
A acusação é de superfaturamento em contratos com a Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Em Tangará, o prejuízo ao cofre público, na época, foi estimado em R$ 2 milhões.
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