Preso há quase 4 meses, José Geraldo Riva (PSD), ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, irá prestar, nesta terça-feira (9), o primeiro depoimento nas audiências de instrução na Sétima Vara Criminal de Cuiabá, no processo que ficou conhecido como "Operação Imperador".
O ex-parlamentar é acusado de ser o mentor de um suposto esquema de fraude na execução de contrato licitatório entre a Assembleia Legislativa de Mato Grosso (AL-MT) e possíveis empresas fantasmas para o fornecimento de materiais de expediente e artigos de informática no período entre 2005 e 2009. As cifras do desvios ultrapassam a marca de R$ 62 milhões, segundo a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE).
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Empresários e políticos depuseram, a pedido da banca de advogados de José Riva, durante as audiências, que são conduzidas pela juíza Selma Arruda. Todos os depoentes até agora foram arrolados a pedido da defesa de Riva, que também já apresentou um novo pedido de soltura ao ex-parlamentar, ainda não apreciado.
Mauro Savi, primeiro-secretário da Assembleia Legislativa durante o mandado de 2012 e 2014, o conselheiro Sérgio Ricardo, ex-presidente e primeiro-secretário da Casa, e Romoaldo Júnior eram os depoimentos mais esperados, e compareceram na semana passada. Por enquanto, segundo a defesa, nada do que foi falado dentro do Fórum assegura o que está sendo acusado pelo Ministério Público.
“Todos diziam que ele desviou R$ 62 milhões e que faltavam materiais de escritório na Casa. Todo mundo que depôs aqui não confirmou isso, e inclusive desmentiu a acusação. Isso nos ajuda muito e não tem mais porque manter o nosso cliente preso”, disse o advogado Rodrigo Mudrovitsch.
Antes de Riva ser interrogado, ainda devem ser ouvidas duas testemunhas arroladas pela defesa: os deputados estaduais Wagner Ramos (PR) e Pedro Satélite (PSD). Também está previsto o julgamento do mérito de um pedido de habeas corpus pela Sexta Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
NOVAS FASES
Entre os depoimentos, o promotor Marco Aurélio de Castro, representante do Ministério Público, disse que pode haver outras fases da Operação Imperador, mediante ao que foi falado perante a juíza. “Até caixão e festa de formatura os deputados já pagaram com dinheiro da Assembleia. Isso vale sim mais investigação”, disse o promotor.
Na quarta-feira passada (3), o Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco) deflagrou a 2ª fase da Operação Imperador. Na ocasião, foi cumprido um mandado busca e apreensão de uma aeronave Piper Aircraft, modelo PA-31T2, avaliada em R$ 1 milhão, de propriedade de José Geraldo Riva e Janete Gomes Riva. A apreensão é para garantir o ressarcimento aos cofres públicos do dinheiro que foi supostamente desviado.
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