O deputado estadual Carlos Avallone (PSDB) alertou no HNT TV Entrevista - podcast do Hipernotícias - que as secretarias estaduais terão o orçamento impactado em 2026, caso a denúncia de suposto uso irregular de emendas para compras de kits agrícolas superfaturados não seja esclarecida. Avallone negou que esteja envolvido em esquema conforme veiculado em reportagem do UOL que apontou prejuízo de R$ 28 milhões aos cofres públicos, sendo que R$ 10 milhões teriam saído de emendas impositivas do tucano.
O deputado garantiu que não fez repasses com do volume apontando, mas ressaltou que o envio de emendas é uma prática comum e legal, sendo a secretarias, prefeituras ou intituições do terceiro setor. No entanto, os deputafos têm receio de vincular a imagem, principalmente, ao meio social pelo risco de serem associados a lavagem de dinheiro.
"Quando coloca lá que eu destinei R$ 10 milhões, o que é a população pensa? É um esquema do deputado com uma associação e eu não destinei. Como que eu recupero isso? O prejuízo da imagem já está feito. Então, se isso não for devidamente esclarecido, essas secretarias vão ter muito menos emendas colocadas a partir de 2026, vocês vão ver claramente no próximo orçamento. Isso, para mim, é muito claro", asseverou Avallone.
Para evitar essa relação, em 2023, foi criado um grupo de trabalho na Assembleia Legislativa (ALMT) para dar mais transparência às emendas. Avallone foi escolhido como coordenador. Ele explicou que a sugestão dos deputados foi criar fundos à Secretarias de Estado de Agricultura Familiar (Seaf-MT) e Cultura (Secel-MT) pois os parlamentares depositariam os valores na reserva, os isentando de prestação de contas. O mesmo ocorre atualmente com a Saúde e Educação. Porém, a proposta não foi acolhida.
Avallone destacou que a resistência ao envio de emendas às secretarias tem ganhado cada vez mais adeptos. Conforme ele, Janaina Riva (MDB) só tem feito uso dos fundos. A deputada se desgostou das emendas após o ex-secretário de Agricultura Familiar, indicado por ela, Luluca Ribeiro (MDB), ser denunciado como cabeça de grupo criminosos que comandava desvios.
"Ela pegou os R$ 20 milhões que ela tem de emenda, dividiu em R$ 100 e R$ 150 mil e colocou uma emenda em cada município do estado de Mato Grosso na saúde. E falou: eu não quero mais saber, eu não vou colocar meu nome no meio dessa confusão", contou Avallone.
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