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Política Segunda-feira, 13 de Maio de 2024, 17:04 - A | A

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Segunda-feira, 13 de Maio de 2024, 17h:04 - A | A

REMÉDIO VIROU "OURO"

Ex-servidora de Cuiabá diz na Câmara que indústria não se importava com condições dos municípios na pandemia

Hellen Cristina da Silva, que prestou depoimento à Comissão Processante de Emanuel Pinheiro, atuou no setor de compras na pandemia e falou que preços de medicamentos mudavam bruscamente; ex-secretários de Saúde não compareceram

CAMILA RIBEIRO
Da Redação

A ex-servidora da Empresa Cuiabana de Saúde, Hellen Cristina da Silva, disse que a indústria farmacêutica não se importava com as prefeituras durante a pandemia durante a pandemia da covid-19. De acordo com Hellen, os aumentos recorrentes de preços de remédios implicaram nos gastos excessivos da gestão Emanuel Pinheiro. Hellen foi a única das três testemunhas intimadas que compareceu à oitiva nesta segunda-feira (13), na Comissão Processante que investiga o prefeito por suposto desvio dinheiro na Secretaria Municipal de Saúde (SMS). 

"As empresas cagavam para nós, pois indústria farmacêutica não vende para Estado e prefeituras. Naquela época, aconteceu de empresa que distribuiam remédios dizerem que ou pagávamos à vista ou não forneceriam os medicamentos (sic)", disparou Hellen da Silva. 

LEIA MAIS: Ex-secretários da Saúde de Cuiabá negam participação em oitivas de Comissão Processante

Hellen foi um dos alvos da "Operação Overpriced" da Polícia Civil e foi acusada de participar de organização criminosa dentro da SMS. Logo após a menção, foi desligada da Pasta em que trabalhava desde 2017. A ex-servidora explicou que, inicialmente, trabalhava no Recursos Humanos e que foi repassada ao setor de compras durante a pandemia pela escassez de funcionários. Cotações do ivermectina incluíram Hellen no bojo da investigação. Segundo a ex-servidora, uma cartela com quatro comprimidos chegou a custar R$ 11. Anteriormente, o custo era de R$ 4. Hellen lembrou o dia que policiais cumpriram mandado de busca e apreensão em sua casa. 

"Tive a visita de policias na minha casa e fiquei pasma, pois dava a parecer que fui eu a responsável por cair toda uma casa por causa de uma cotação, um orçamento. Nessa época, da pandemia, a indústria farmacêutica em geral, ela nadou e fez da forma como elas queriam. Em relação a essa ivermectina, é um processo da qual não respondo mais pois a Justiça viu que não tinha mais superfaturamento. Nós temos um decreto que não havia necessidade de três preços públicos, pois não havia ata de preço que falava de ivermectina, um remédio que ninguém conhecia", falou Hellen aos vereadores.

Com a obrigatoriedade da distribuição do "Kit-Covid" as empresas viram a Ivermectina, Azitromicina, Zinco e Cloroquina desaparecerem das prateleiras. Hellen disse que os medicamentos "viraram ouro". 

"Do nada, chegou demanda de azitromicina, dipirona, zinco, cloroquina. Remédio que nem tinha como agilizar. Quando foi chegando no mês de julho, esse remédio virou ouro. Uma caixa com quatro compromidos custava R$ 11. Mas havia um kit que tinha que ser distriubuído com quatro comprimidos de ivermectina, quatro azitromicina, quatro de zinco e quatro comprimidos de cloroquina. Não achávamos esses medicamentos de jeito nenhum e as indústrias farmacêutcas aproveitaram para fazer e colocar o preço do jeito que quiseram", afirmou Hellen.

A ex-servidora esclareceu que não tinha a palavra final sobre as cotações. Sua responsabilidade era fazer o levantamento de preços, encaminhar ao administrativo e por últimos os valores eram avaliados pela Comissão da Covid-19. 

"Eu não tinha cargo de confiança, eu não era cargo de confiança do prefeito. Apenas estava ali como uma servidora e de todo esse povo que trabalhou comigo a única da minha área nesse processo fui eu. Depois que passava por mim, iria cair no administrativo para análise e depois na Comissão de Covid 19, se conseguisse andar é porque 'deu bom'. Pois, se não estivesse perfeito, iria voltar. Mas a garantia que tinha que iria andar ou não, não era responsabilidade minha. Eu só passava os termos de referência para frente",  expôs Hellen Silva. 

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