“Essa não é minha prática de fazer política”, afirma Vuolo ao anunciar desistência de candidatura em Cuiabá

O vereador licenciado da Câmara de Cuiabá Francisco Vuolo desistiu da candidatura a prefeito de Cuiabá. A decisão foi comunicada no início da tarde desta segunda-feira (11) à Executiva Municipal do Partido da República (PR).

A desistência se deu por conta do movimento interno do partido, deflagrado pelo deputado estadual licenciado João Malheiros, que deixou o comando da Secretaria de Estado Cultura na semana passada, decidido a convencer seu partido a compor com o empresário Mauro Mendes, do PSB.

Mayke Toscano/Hipernoticias Traído pelo partido, Francisco Vuolo recua de candidatura a prefeito, não pode ser candidato a vereador e descarta ser vice

Malheiros conseguiu vencer pelo cansaço o colega Vuolo que, em entrevista ao HiperNoticias, se mostrou decepcionado com a cúpula republicana. A seu ver, o partido deveria ter advertido Malheiros logo que tornou pública a intenção de ser vice.

“Essa não é minha prática de fazer política. A partir do momento que o partido oculta essa possibilidade de composição, acaba contrariando aquilo que foi combinado e que vínhamos trabalhando”, desabafou Vuolo, que reassume sua vaga na Câmara Municipal na sessão ordinária desta terça-feira (12).

Vuolo e Malheiros deixaram as secretarias que ocupavam no Governo do Estado na semana passada. Desde então os dois tiveram apenas uma reunião para tratar do assunto, ocasião em que não houve consenso.

Perguntado sobre a possibilidade de ser candidato a vice-prefeito na chapa de Mauro Mendes, Vuolo foi taxativo. “Agora quem tem que conversar sobre vice é o João Malheiros. O interesse é dele. Eu estou fora”, respondeu.

Francisco Vuolo pontuou 1,5% no levantamento da KGM Pesquisas, publicada na semana passada.

“O que mais causa estranheza é que as reuniões que decidiram minha pré-candidatura foram feitas na própria casa do João Malheiros”, ironizou.

Além de não poder disputar a prefeitura, Vuolo também não poderá concorrer ao cargo de vereador porque perdeu o prazo para se desincompatilizar do cargo de secretário. Pela legislação, candidatos a cargos proporcionais devem se desincompatibilizar seis meses antes, e os que disputam cargos majoritários, 4 meses antes.

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