Mayke Toscano/Hipernoticias |
Juiz federal Julier Sebastião disfarça quando o assunto é candidatura para 2012 ou em 2014 |
O juiz federal Julier Sebastião da Silva comparou a hipótese de entrar para a carreira político-partidária ao hábito de pescar e andar de bicicleta. “Eu não sou bom pescador e ando bem de bicicleta, mas se perguntar se posso aprender até junho, posso sim; se posso aprender até 2014, posso aprender sim”, disse ao tentar responder sobre os convites feitos por alguns dirigentes partidários que gostariam de ver o magistrado disputando as próximas eleições.
E assédio tem sido de todas as partes. Há alguns dias Julier Sebastião esteve reunido num jantar com o governador Silval Barbosa (PMDB). No cardápio, conforme Julier, entrou política, mas o juiz não confirmou ter havido o convite de Silval para uma filiação.
Porém, o magistrado deixa escapar que o assédio para filiação é uma manifestação ao seu trabalho como juiz federal.
“Mas isso depende fundamentalmente de algo maior e de um momento apropriado para encaminhamento nesse sentido”, disse.
Conforme ele, no encontro com o governador, discutiu-se sobre as políticas de gestão do Estado e que quanto à vontade própria de se tornar um político, o juiz esquivou-se dizendo que “eu já sou um agente político” e que para ser também partidário isso só ocorreria no momento certo. Contudo, em nenhum momento, Julier rechaçou a ideia e a vontade de se filiar a uma sigla no intuito de disputar eleições como as de prefeito e governador, por exemplo.
O senador Jaime Campos, maio liderança do DEM de Mato Grosso, em evento do Tribunal de Contas do Estado nesta semana, também esteve , por um longo tempo, conversando ao pé do ouvido com Julier Sebastião.
“Quem não gostaria de ter uma pessoa da qualidade do juiz Dr. Julier em seus quadros partidários?”, indagou o parlamentar.
Ainda comedido, Julier Sebastião afirmou que “o senador é muito gentil e conversamos apenas amenidades”.
E quem também não quis perder o tempo da “cantada” foi o prefeito de Cuiabá e atual presidente do PTB de Mato Grosso, Chico Galindo, que explicitou a vontade de ter nas fileiras petebistas o magistrado federal. “Acho que ele falou mais em tom de brincadeira”, minimizou Julier.
Um dos principais motivos da cobiça dos partidos em torno do nome de Julier é justamente a escassez de nomes sem desgastes perante a opinião pública, a exemplo que ocorreu com ex-procurador da República em Mato Grosso, José Pedro Taques, que no pleito de 2010 se elegeu senador pelo Estado.
Taques e Julier, além de serem amigos, já atuaram juntos e tiveram êxito em trabalhos que ganharam a admiração e aprovação da sociedade mato-grossense, como por exemplo na operação Arca de Noé, deflagrada em 2002, que culminou na prisão do bicheiro João Arcanjo Ribeiro, que atualmente cumpre pena na penitenciária de segurança máxima de Campo Grande, Mato Grosso do Sul.
Especialistas em legislação eleitoral garantem que por ser magistrado (assim como os militares e membros do Ministério Público) , Julier Sebastião teria a prerrogativa de se filiar a um partido e disputar uma eleição a apenas seis meses antes do pleito, assim como fez Pedro Taques que deixou em abril de 2010 o Ministério Público Federal para se filiar ao PDT e concorrer ao senado.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.
José Bonifácio 06/01/2012
E eu que achava que esse cara era sabido. Perdi meu tempo.
Carlos Junior 05/01/2012
Julier sempre foi politico/magistrado, agora vai virar magistrado/politico. Mas oscila muito é inseguro, nao o vejo como grande politico.
2 comentários