O secretário de Estado da Saúde (SES-MT), Gilberto Figueiredo (UB), afirmou ser contrário a estadualização do Hospital Municipal de Cuiabá (HMC) e cobrou o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) para que apresente uma solução. A unidade de saúde está colapsando e os atendimentos ortopédicos funcionam parcialmente, priorizando apenas casos de urgência. Consultas e demais procedimentos são mantidos na fila de espera. A situação se instalou depois do programa dominical, Fantástico, veicular denúncias de suposto cartel na contratação de empresa fornecedora de próteses e órteses.
“Se todos os municípios que tiverem hospital o Estado ter que assumir sua gestão, o Estado assume aquilo que é responsabilidade municipal. Não acho que isso é conveniente. O município de Cuiabá é a capital, recebe muito recurso para a saúde e precisa apresentar soluções para isso”, disparou Gilberto Figueiredo.
LEIA MAIS: TCE-MT propõe estadualização do HMC durante entrega das contas anuais do governo
A estadualização foi ventilada pelo presidente do Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), Sérgio Ricardo, nesta quarta-feira (3), quando o governador Mauro Mendes (UB) foi entregar as contas anuais do Executivo referentes ao exercício de 2023. Sérgio Ricardo explicou que a medida garantiria o melhor direcionamento de recursos para a Saúde, que acumula passivos financeiros.
A Prefeitura de Cuiabá se demonstrou favorável a medida. Conforme nota, a gestão municipal está disposta a ceder ao governo a gestão do HMC. Emanuel Pinheiro destacou que a unidade hospitalar é responsável por atender mais de 60% dos pacientes do interior. A administração municipal ainda reconheceu, no entanto, que sem o apoio do governo estadual não consegue “sustentar essa demanda crescente por atendimento médico de qualidade”.
Mauro Mendes, por sua vez, cobrou explicações do prefeito de Cuiabá. O governador quer entender os motivos pelo quais os atendimentos da Saúde voltarem a “colapsar” três meses depois de o Gabinete da Intervenção do Estado devolver a administração à Secretaria Municipal de Saúde.
“Não pode a Prefeitura colapsar e ter todos os problemas que está tendo, transferindo a sua responsabilidade. Tem que explicar primeiramente porque colapsou em três meses, se no ano passado vinha funcionando tudo bem. O que aconteceu em três meses na Saúde de Cuiabá, que o ano passado tinha melhorado muito?”, questionou Mendes.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.
