O presidente do União Brasil em Pedra Preta (240 km de Cuiabá), Ediérico Machado, disse ao HNT que o Conselho de Ética do partido avalia o caso do vereador Gilson Agricultor (União Brasil) que chamou a prefeita Iraci Ferreira de "cachorra viciada". Ediérico falou que o vereador foi notificado para apresentar sua defesa, que deve ser submetida à executiva do partido até quarta-feira (3). No entanto, o presidente acredita que Gilson não continuará no União.
"A gente já notificou e ele tem um prazo de cinco dias úteis para apresentar sua retratação. Vamos estar analisando, mas a gente não aceita o tipo de depoimento que ele fez. Acho que, infelizmente, ele nõ continua no nosso partido. Foi muito infeliz essa fala dele", afirmou Ediérico Machado à reportagem nesta segunda-feira (1º).
A ofensa de Gilson à prefeita ganhou repercussão nacional, chamando a atenção da presidência do partido em Brasília, que, segundo Ediérico, está "de olho" no desdobramento do caso. "Isso não só pela prefeita, mas por essa fala atingir todas as mulheres", explicou o presidente.
A declaração de Gilson na tribuna da Câmara é compreendida como violência política de gênero. O estatuto do União Brasil considera a conduta como "infração disciplinar", sendo passível de expulsão. Gilson está nas mãos do Conselho de Ética que decidirá qual seu futuro político no partido.
O vereador pediu desculpas, mas Ediérico não está convencido no arrependimento de Gilson. "Ele disse que é o jeito dele. Se o jeito dele é assim, então, automaticamente, ele vem de uma cultura familiar desse sentido e a gente fica muito triste no tom da palavra dele", concluiu.
COMISSÃO PROCESSANTE NA CÂMARA
Ediérico também é vice-presidente da Câmara de Pedra Preta que, conforme noticiado pelo HNT, vota nesta segunda os pedidos requerendo a abertura de comissão processante por quebra de decoro parlamentar. A sessão está programada para começar às 18h30 e será transmitida pelo Youtube.
O presidente da Câmara, Laudir Martarello (PSB), falou que Gilson é alvo de cinco denúncias, destas uma é da primeira-dama de Mato Grosso, Virginia Mendes, e da deputada federal Gisela Simona (União Brasil).
ENTENDA O CASO
Gilson se exaltou durante a discussão sobre a aplicação de uma emenda de cerca de R$ 500 mil. O vereador defendia o uso dos recursos em obras de abastecimento de água na zona rural, enquanto, segundo ele, a prefeita defendia sua utilização em um evento popular. Em tom pejorativo, Gilson falou que a prefeita só visitava os assentamentos rurais para pedir voto, igual a uma "cachorra viciada". A fala do vereador é rotulada como violência política de gênero e repercutiu negativamente.
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