Responsável por expedir mandados de prisão contra membros do PMDB, e por colocar em xeque a credibilidade do presidente da sigla em Mato Grosso, Carlos Bezerra, a vida do novo político e pré-candidato ao Governo, o ex-juiz federal Julier Sebastião da Silva tem à sua frente expectativa de relacionamento nada fácil com alguns correligionários.
Julier agora tem que conviver com alguns alvos de suas “canetadas” que podem levar rusgas para o campo político. O juiz deixou a toga no dia 3 de abril de 2014 para se filiar no PMDB e agora terá que conviver com opositores provindos da época em que exercia a magistratura e que fazem parte da mesma base do partido em que se filiou.
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O ex-juiz Julier Sebastião foi responsável pela prisão temporária de dois membros da executiva do PMDB, Carlos Roberto Ribeiro de Miranda, 1º tesoureiro do Diretório Estadual, Rafael Bello Bastos, secretário geral. Além deles, um dos alvos de Julier enquanto juiz foi José Luis Gomes Bezerra, sobrinho do cacique da legenda Carlos Bezerra. Ambos foram denunciados pelo Ministério Público Federal em Mato Grosso (MP), em 2010, por formação de quadrilha, estelionato, peculato, crime de responsabilidade e fraude em licitações na Operação Hygeia, deflagrada pela Polícia Federal contra a Funasa (Fundação Nacional de Saúde em Mato Grosso.
A quadrilha, do qual foram acusados de fazer parte, era formada por políticos, empresários, servidores públicos e lobistas. Eles atuavam no desvio de recursos públicos destinados à execução de contratos de construção, aquisição de bens ou prestação de serviços. A cúpula da organização criminosa era representada pela base política. Esse grupo, constituído de membros do diretório do partido PMDB, possuía a força de indicar pessoas ligadas ao esquema, para os cargos e funções de confiança da Coordenação Regional da Funasa em Mato Grosso.
Em 2006, a Polícia Federal começou as investigações da Operação Hygeia. À época foi aberto um inquérito para apurar a notícia da ocorrência de crimes de fraude na contratação e execução de obras no município de Santo Antônio do Leverger (32 km de Cuiabá). Foi nesta ocasião que o então juiz Julier Sebastião autorizou a expedição de 35 mandados de prisão temporária e outras dezenas de busca e apreensão e sequestro de bens.
Durante nove anos, o grupo rendeu um prejuízo de mais de R$ 3 mi aos cofres públicos. O MPF pediu à Justiça condenação dos denunciados por frustrarem e fraudarem licitações, peculato, crime de responsabilidade, estelionato e formação de quadrilha.
OUTRO LADO
Até o fechamento desta matéria à reportagem ligou por várias vezes para a assessoria do pré-candidato Julier Sebastião, mas os assessores não atenderam as ligações.
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deixa que eu chuto 14/06/2014
Fez o que deveria ser feito. Autorizar a apuração de crimes envolvendo dinheiro público. Pena os envolvidos não estarem na cadeia. Erradas foram as canetadas absolvendo o Blairo e o Eder. Essas não tem justificativa plausível.
Gilberto scheir 13/06/2014
Entre a classe de advogados também não deve contar com o esperado apoio. Pelo contrário, sua saida da magistratura foi muito comemorada.
João barreto 13/06/2014
Meus ex-presos e inimigos... Assim deve iniciar o discurso de Julier. Ele nao tem amigos, tem desafetos, como disse a karina
3 comentários