Eleito para um mandato de seis anos, numa época em que o Poder Legislativo municipal no país ainda sentia os efeitos do Regime Militar, o vereador Agripino Bonilha Filho, se tornou vereador em 1982, sendo o mais votado.
“Como fui campeão de votos, presidi a abertura dos trabalhos legislativos e eleição da Mesa Diretora, daquela época. Até o governador esteve presente na solenidade, nos prestigiando”, afirma Bonilha, ao HiperNoticias, se referindo a Júlio Campos, então chefe do Executivo, maior liderança do PDS, naquela época.
O prefeito de Cuiabá era Anildo Lima Barros, com quem Bonillha afirma ter tido ótimo entrosamento. “Ele acatava grande parte das minhas indicações e isso acabava nos ajudando a levar benefícios aos bairros”, lembra.
Bonilha Filho, hoje com 84 anos, cita bairros como o Canjica, o antigo Quarta-Feira, hoje bairro Alvorada e Praeiro, onde ele tinha maior atuação. “Nós conseguimos asfaltar o Canjica quase todo”, afirma.
Durante os seis anos de mandato, Bonilha ocupou assento na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), da Câmara de Vereadores, que à época funcionava na Rua Comandante Costa, centro de Cuiabá.
“A praça do Porto também vivia um grave problema naquela época, com a criminalidade em alta ali e conseguimos articular e levar iluminação para toda a praça e os crimes dimuíram sensivelmente a partir daí”, recorda.
Para Bonilha Filho, que posteriormente viria a ocupar a Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, na gestão do prefeito Coronel José Meirelles, o período em que Anildo Barros esteve no comando da prefeitura cuiabana, foi marcado pela harmonia entre os Executivos municipal e estadual. “O Anildo era muito alinhado com o governador Júlio Campos e isso era muito bom para a cidade”, diz.
Foi nessa época que Bonilha conseguiu resolver um problema que vinha causando muitos acidentes graves em Cuiabá: a falta de proteção no Portão do Inferno, que fica no Parque Nacional de Chapada dos Guimarães. “Alí já pertencia ao município de Cuiabá e eu consegui cercar aquela área, com uma grande resistente, pois morria muita gente ali e a grade está lá até hoje”, enaltece.
Brito Prefeito
Eleito vereador em 1992, Carlos Brito de Lima, à época no PSDB, conseguiu escrever, na história do legislativo cuiabano e, mais tarde do estadual, uma história de realizações que até hoje são vistas e celebradas pelo povo cuiabano. Primeiro, um marco pessoal: Brito, que se elegeu presidente da Câmara, chegou a comandar a prefeitura por 45 dias, na gestão Dante de Oliveira/Coronel Meirelles.
“Naquele momento havia salários atrasados por parte da prefeitura e das três folhas atrasadas, eu consegui pagar duas. Se eu continuasse mais uns dias na prefeitura, teria pago também a terceira”, relembra. Os 45 dias de chefe do Executivo municipal, eternizaram o retrato de Brito na galaria dos ex-prefeitos da Capital. Na história do legislativo cuiabano, ele foi o presidente da Câmara a assumir a prefeitura por maior tempo.
Como deputado estadual, que se tornou e graças a um bom alinhamento com o ex-governador Blairo Maggi (ambos no PPS) em 2002, Brito assinou autorias marcantes em obras que até hoje são usufruídas e lembradas por grande parte da população cuiabana, como a Praça das Bandeiras, o Parque Masssairo Okamura ( ambos na avenida do CPA) e também a área onde hoje está instalado o Parque Tia Nair, no Jardim Itália. “Fui o autor da lei que tornou aquela área, em área de preservação, se não fosse essa lei, dificilmente teríamos ali, um parque como o Tia Nair”, afirma.
Brito cita três grandes fatos que mudaram a postura dos gestores municipais nos últimos anos, especialmente da cidade de Cuiabá: a Constituição de 1988; a Lei de Responsabilidade Fiscal do início dos anos 2000 e, de forma mais específica, o advento da Copa do Mundo de Futebol, quem em 2014 teve Cuiabá como uma de suas sedes. Para tanto foram construídas 11 obras estruturantes que mudaram a paisagem de parte da cidade.
“A Copa foi uma grande oportunidade para Cuiabá. Onze novas trincheiras, novos viadutos que foram construídos e, se hoje já há alguns estrangulamentos no trânsito da cidade, imagina se não tivéssemos recebido essas obras viárias. Agora se elas foram bem feitas ou mal feitas, isso já outra situação a ser discutida, mas não enquanto oportunidade”, avalia, Brito, que chegou a ser escolhido pelo governador da época , para ser um dos diretores da Agecopa – Agência da Copa e que, posteriormente passaria à condição de Secretaria da Copa (Secopa).
“É inegável que foi um momento importante para Cuiabá, mas infelizmente uma série de contratempos que prejudicaram o objetivo principal e tornaram essa oportunidade, sub-aproveitada”, emenda.
Brito atualmente é secretário adjunto da Casa Civil do governo Mauro Mendes (DEM) e faz questão de deixar como mensagem de aniversário à Capital mato-grossense, a declaração de que, o que o grande valor de Cuiabá “está em seu povo, que é extremamente acolhedor e de fé, que nunca desiste”.
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