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Política Segunda-feira, 22 de Maio de 2023, 20:49 - A | A

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Segunda-feira, 22 de Maio de 2023, 20h:49 - A | A

BANCADA DIVIDIDA

Arcabouço fiscal de Lula divide opiniões entre parlamentares da oposição em Mato Grosso

Novo modelo fiscal foi desenhado pelo atual governo em substituição ao teto de gastos de Michel Temer (MDB), em vigência desde 2016

RAYNNA NICOLAS E CAMILA RIBEIRO
Da Redação/Do Local

O novo arcabouço fiscal proposto pelo governo Lula (PT) dividiu a opinião da bancada mato-grossense no Congresso, que é composta por apenas um parlamentar governista. Nesta segunda-feira (22), os deputados federais Fábio Garcia (UB) e Abílio Brunini (PL) – ambos na oposição – deram pareceres opostos sobre o projeto durante a abertura do II Congresso Ambiental dos Tribunais de Contas. Enquanto Garcia, mais moderado, avaliou a medida positivamente, Abílio, mais à extrema direita, referiu-se à medida como uma estratégia do governo petista para se livrar de sanções em caso de pedalada fiscal. 

Jefferson Rudy/Agência Senado

Fábio Garcia

 

O novo arcabouço fiscal foi desenhado pelo atual governo em substituição ao teto de gastos de Michel Temer (MDB), em vigência desde 2016. A ideia é de que o país volte a ter um regime fiscal sustentável, que mantenha o equilíbrio das contas nacionais sem que as principais áreas de investimento, como saúde, educação e infraestrutura, fiquem desassistidas.

Ao mesmo tempo, a expectativa é de que com um novo regime bem definido, o país volte a ter credibilidade e segurança jurídica, contribuindo para a redução da taxa de juros e atraindo investimentos. 

Para Garcia, o saldo do projeto é positivo, sobretudo porque recupera a confiança do mercado brasileiro. À imprensa, Garcia fez uma leitura fria do teto de gastos, que já vinha sendo descumprido desde o governo anterior em virtude da pandemia de covid-19. O oposicionista, porém, não deixou de propor mudanças na proposta petista. Segundo ele, somente de sua autoria, foram seis emendas apresentadas ao texto.

"O país precisa de um regime fiscal que discipline o gasto público, que garanta a eficiência do gasto público para que o país possa trilhar um caminho de reduzir dívida para poder sobrar dinheiro, fazer investimento e reduzir taxa de juros e é o que se pretende com o novo regime. É garantir que a despesa pública não cresça mais que 70% do crescimento da receita", afirmou. 

agência câmara

abilio camara

 

NO OUTRO EXTREMO

Abílio Brunini, por sua vez, centrou as críticas ao dispositivo do arcabouço fiscal que retira a punição ao presidente da República, caso ele deixe de cumprir as metas fiscais, a manobra chamada de pedalada que levou ao impeachment de Dilma Rouseff (PT) em 2016.

"Eles estão tentando passar o arcabouço fiscal, a lei do arcabouço fiscal. Essa lei ela tem um perigo muito grande, que é a flexibilização da Lei de Responsabilidade Fiscal, a LRF. Com essa lei do arcabouço fiscal, se ela for aprovada, o Lula, ele poderá, provavelmente, escapar das penalidades por uma pedalada fiscal. Assim como a Dilma sofreu um impeachment por uma pedalada fiscal, o Lula não sofreria esse impeachment. Ele está tirando dele o problema dessa responsabilidade", pontuou.

Abílio também fez coro à suposta necessidade de uma política fiscal ainda mais austera. Isso porque parte do Congresso acredita que o arcabouço de Lula pode acabar criando despesas excedentes à arrecadação, o que levaria a necessidade do aumento de impostos. 

"Tirar o teto dos gastos é um problema porque o teto de gastos é baseado na receita, aquilo que arrecada você não pode gastar mais, e o Lula está fazendo diferente, está dizendo que quer gastar mais do que arrecada. Ele vai gastar mais do que arrecada e vai ter que cobrar mais impostos da população", defendeu. 

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