O projeto de lei, que institui o "Dia do Orgulho Hétero", aprovado em primera votação pela Câmara de Cuiabá, é destaque da reportagem do Jornal O Globo desta quinta-feira (23). O tema, que foi bastante discutido nas redes sociais, deveria ter a sua 2ª votação realizada nesta quinta-feira (23), mas foi adiado após pedido de vistas do vereador Adevair Cabral (PTB) e deverá ser votado no mês de fevereiro quando acaba o recesso parlamentar.
A reportagem destaca fala da vereadora Edna Sampaio (PT), única a votar contra o PL de autoria do vereador Tenente Coronel Marcos Paccola (Cidadania). Além do jornal global, o projeto foi destaque do no site da Uol.
"A Câmara Municipal de Cuiabá (MT) aprovou na terça-feira (21) em primeira votação um projeto de Lei que cria o Dia do Orgulho Hétero na cidade. De autoria do vereador bolsonarista Tenente Coronel Paccola (Cidadania), o projeto só recebeu um voto contrário. De acordo com o PL, a data deve ser celebrada todos os anos no terceiro domingo do mês de dezembro", publicou Uol, com a foto do vereador printada ao lado. Nada mais foi dito pelo portal.
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Em seu Twitter, Edna havia criticado a supremacia hétero, “como se fosse crime ser LGBTQIA+. Qual é o orgulho num mundo onde uma pessoa que não é hétero é morta por não ter uma orientação hétero”, ao justificar seu voto contra.
Prefeito pode vetar
O coordenador da Parada da Diversidade Sexual de Mato Grosso e militante do movimento LGBTQIA+, Clóvis Arantes, repudiou as justificativas de Paccola para a criação da data comemorativa. O vereador bolsonarita defende a manutenção dos valores conservadores e o modelo tradicional de família. Ao HiperNotícias, Clovis informou que lideranças do movimento LGBTQIA+ e de outras organizações não governamentais (ONGs) que defendem os direitos humanos vão se reunir com o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), na próxima semana.
Segundo Clóvis, o prefeito já teria sinalizado que vetará o projeto.
“A câmara de Cuiabá mais uma vez mostra que a prioridade é a banalização da vida Tantas pautas emergenciais para proteção da vida, as pessoas em situação de vulnerabilidade em Cuiabá , e parlamentares de Cuiabá , definem , brincar de fazer leis Na semana que vem nós vamos ter uma audiência com o prefeito e já existe uma sinalização que ele vai vetar. Ele não quer que Cuiabá seja considerada a mais homofóbica do país, por conta dos dados de mortes e violência contra pessoas LGBTQIA+. . Esse projeto está nacionalmente sendo considerado como um grande absurdo”, informou Clovis.
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