O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB), chamou o governador Mauro Mendes (DEM) de “professor de Deus” em resposta às críticas do democrata de que a gestão da Capital tomou medidas precipitadas no combate à pandemia da Covid-19, o coronavírus.
Gilberto Leite
Governador de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM), ao lado do prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB)
Em entrevista à rádio concedida na manhã desta terça-feira (02), o prefeito disse que sempre tomou todas as medidas necessárias levando em consideração prerrogativas de autoridades sanitárias competentes, como a Organização Mundial da Saúde (OMS) e a Organização Pan-americana de Saúde.
“Pelo visto o único que sabia a fórmula do sucesso de como combater a pandemia era Mauro Mendes, o professor de Deus, o iluminado. Não sei porque as autoridades sanitárias e chefes da nação, do planeta, não o procuraram, porque só ele sabia”, rebateu Pinheiro.
O prefeito destacou ainda que chegou a realizar um levantamento de como o governo de Mato Grosso tem lidado com a pandemia. E, segundo sua avaliação, o Executivo tem voltado atrás em diversos posicionamentos.
“Minha equipe fez levantamento do número de vezes que o governo e secretário disseram que tinha que abrir. Falava que tinha que fechar, depois abrir, numa postura, vacilantes. Se eu fosse seguir a linha do governador, aí sim nós teríamos perdido o controle da situação”, apontou o prefeito de Cuiabá.
A troca de farpas entre as duas lideranças tem se intensificado nas últimas semanas, período em que o número de casos de contágio em Cuiabá e Mato Grosso apresentou crescimento significativo.
Dados da secretaria de Estado de Saúde apontam que Cuiabá é a cidade de Mato Grosso com mais registros de casos da doença. Já quando avaliado o curso da pandemia no estado, verifica-se um aumento significativo nos números totais relativos ao coronavírus após decreto do governador que orientava a suspensão de ações mais efetivas por parte das prefeituras até que a taxa de ocupação de leitos para pacientes da Covid-19 estivesse abaixo dos 60%.
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