O delegado Geordan Fontenelle, que atuava em Peixoto de Azevedo (673 km de Cuiabá) e foi alvo da 'Operação Diaphthora' da Polícia Civil, jogou o celular em um terreno baldio no momento da prisão, segundo divulgado pelo site ‘Metrópoles’. A autoridade policial foi apontada como chefe de um verdadeiro ‘gabinete do crime’, ou seja, um esquema de corrupção envolvendo policiais civis, advogados e garimpeiros do município.
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“Nós conseguimos ir nesse terreno baldio e localizar o aparelho celular dele. É uma atitude de quem deve ter muita coisa para esconder”, disse o delegado responsável por investigar o caso, Rodrigo Azem Buchdid, ao Metrópoles.
Fontenelle começou a ser investigado pela própria corporação depois que o Núcleo de Inteligência da Corregedoria Geral da Polícia Civil recebeu denúncias sobre o envolvimento de policiais civis, advogado e garimpeiros da região de Peixoto de Azevedo em situações como a solicitação de vantagens indevidas, advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada pela autoridade policial, caracterizando a formação e uma associação criminosa no município.
A apuração demonstrou que o delegado recebia propina mensal de garimpeiros da cidade. O 'mensalinho' era repassado pela Cooperativa dos Garimpeiros de Peixoto (Coogavepe) ao delegado em troca de favorecimento a eles.
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Em conversas interceptadas nas investigações, Fontenelle admite receber a propina e demonstra preocupação com o provável fim do repasse em função da deflagração da 'Operação Hermes', da Polícia Federal, que mirou o comércio ilegal de mercúrio.
Geordan Fontenelle foi preso no dia 17 de abril no bojo da 'Diaphthora', que descortinou a existência de uma associação criminosa composta por policiais civis, advogado e garimpeiros da região de Peixoto de Azevedo.
Além das vantagens ilegais, a polícia constatou a prática de advocacia administrativa e ainda o assessoramento de segurança privada pela autoridade policial.
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