O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), afirmou que não fará a doação do terreno onde está sendo construída a nova sede do Shopping Popular e que encaminhará à Câmara Municipal um projeto de lei formalizando uma concessão de uso por tempo determinado. A doação da área havia sido um compromisso firmado pela gestão do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), mas Abilio considera o procedimento ilegal, já que foi articulado com base em uma “permuta”, tendo como contrapartida da Associação dos Camelôs do Shopping Popular o repasse mensal de energia solar produzida em fazenda da entidade.
O prefeito destacou que o Shopping Popular é um patrimônio do Município e, por isso, não faria sentido transferir sua propriedade à iniciativa privada. Ele também afirmou que o Ministério Público de Mato Grosso (MPMT) compartilha do mesmo entendimento, considerando a doação irregular.
“Nós não vamos mais doar para o Shopping. Vamos aprovar na Câmara uma concessão para que eles possam usar. É um patrimônio do município. Não faz sentido transferir isso à iniciativa privada e doar o imóvel para gestão perpétua. Não sabemos o dia de amanhã”, afirmou Abilio à imprensa.
O Shopping Popular foi totalmente destruído por um incêndio na madrugada de 15 de julho de 2024, que consumiu todas as lojas do local. À época, a doação do terreno foi discutida como uma das alternativas para ajudar os camelôs a se reerguerem. Ainda como deputado federal, Abilio participou das negociações e acompanhou as mesas de debate lideradas por Emanuel Pinheiro, chegando a sinalizar o envio de emendas parlamentares para auxiliar a reconstrução.
O prefeito ressaltou que sua divergência não é com a categoria dos trabalhadores, mas com o modelo de gestão proposto. Ele defende o cumprimento da legislação e considera que o procedimento correto seria abrir um chamamento público, permitindo que empresários do setor apresentem propostas para administrar o espaço.
“O certo seria ter feito um chamamento público, no qual qualquer interessado pudesse apresentar uma proposta. A forma de permuta é inexistente na legislação. Não tem como pagar o Município com energia solar. O correto seria o chamamento, com propostas claras sobre como será feito o pagamento”, explicou Abilio.
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