O estado de Mato Grosso tem quatro municípios entre os 50 com maior taxa de estupros e estupros de vulnerável do Brasil em 2024, de acordo com levantamento do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, divulgado nesta quinta-feira (23). No total, foram registrados 2.715 casos em 2024, um leve aumento em comparação a 2023, quando foram registrados 2.499 estupros.
Sorriso aparece como o segundo município com a maior taxa do país, com 131,9 estupros por 100 mil habitantes. Em 2023, o município liderava o ranking nacional. Outro destaque negativo é Tangará da Serra, que saltou da 45ª para a 7ª posição no ranking, com uma taxa de 99,5 estupros por 100 mil habitantes — um aumento de 67,2% nos números absolutos em comparação com o ano anterior.
Sinop também apresentou crescimento expressivo e ocupa a 20ª posição com uma taxa de 81,5, enquanto Cuiabá fecha a participação mato-grossense na 43ª colocação, com taxa de 63,7 estupros por 100 mil habitantes.
O levantamento considerou apenas cidades com mais de 100 mil habitantes, a fim de garantir maior precisão estatística. As taxas foram calculadas com base na soma dos casos de estupro e estupro de vulnerável registrados nas bases de dados estaduais.
Em todo o Brasil foram registrados 65.395 casos no ano passado com uma taxa de 128,5 casos para cada 100 mil habitantes. Boa Vista (RR) lidera o ranking nacional com taxa de 132,7. Rondônia também aparece com força na lista, com três cidades entre as cinco primeiras posições: Ariquemes (3º), Vilhena (4º) e Porto Velho (5º).
Em relação a outros crimes sexuais, foram registrados 252 tentativas de estupros e 518 casos de assédio e importunação.
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CRIANÇAS E ADOLESCENTE SÃO VÍTIMAS PREFERENCIAIS
O Anuário também revelou que 87,7% dos casos são com pessoas do sexo feminino, negras (55,6%) com idade entre 0 e 13 anos (61,3%). Como em dados anteriores, os casos acontecem principalmente na residência da vítima e são, em sua maioria, praticados pelos próprios familiares.
“Os dados de 2024 nos mostram que 59% dos estupros de menores de 14 anos foram praticados por familiares, 24% por conhecidos e apenas 16% por desconhecidos. Esta informação reforça o que sabemos há bastante tempo, ou seja, que essa é uma violência preponderantemente intrafamiliar”, diz trecho do relatório.
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