"Só porque estava de tornozeleira, era preciso matar?". Esse é o questionamento do irmão do ex-cantor sertanejo, Weliton Pereira Quebim, de 26 anos, morto na noite de sábado (20), por policiais da Força Tática, na cidade de Várzea Grande. Segundo o irmão da vítima, o também cantor Alderi junior, afirmou que os militares “plantaram” uma pistola na cena do crime e que seu irmão – que era monitorado por tornozeleira eletrônica - não tinha condições de comprar a pistola.
Alderi e Weliton eram popularmente conhecidos como “João e Júnior” e faziam apresentações na região metropolitana de Cuiabá.
Na noite de sábado, quando ocorreu a situação que terminou na morte de Welinton, Alderi explicou que seu irmão estava com o cunhado, identificado como A.F.N., em um estabelecimento comprando cervejas. Em um determinado momento, A.F. descobriu que a sua mulher estava se relacionando com um homem em um carro no mesmo bairro. Ao ficar sabendo que estava sendo traído, ele chamou Weliton, que é irmão da mulher, para “resolver a situação”.
Segundo Alderi, Weliton e A.F. foram ao local e agrediram o homem que estava se relacionando com a pivô. Logo depois, Weliton fugiu do local e foi para a sua casa. Ele cumpria regime semiaberto por ter assassinado um homem no Distrito da Guia, que estava com a sua namorada. O crime aconteceu no ano de 2011.
“A intenção do meu irmão e do meu cunhado (Weliton e A.F.N.), era apenas dar uma surra no pé de pano. O meu irmão Weliton não tinha arma, não tinha pistola, nada na cintura. A intenção deles era dá uma surra nesse cara para deixar a família em paz, ninguém estava aceitando a traição da minha irmã. O meu irmão foi cobrar a briga do meu cunhado. Logo depois, eles bateram no pé de pano. A polícia foi acionada, mas a minha irmã ajudou o Weliton fugir. Ele chegou a pular o muro da casa, mas como ele tinha tornozeleira eletrônica foi rastreado pelos policiais. Os PMs plantaram uma pistola para incriminar o meu irmão. Os policiais acham que a pessoa que tem tornozeleira é preciso morrer. Será?”, questionou Alderi.
Após ser atingido pelos policiais, Weliton chegou a ser socorrido por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), mas não resistiu aos ferimentos e morreu ainda no local. Já, A.F.N, foi encaminhado à Central de Flagrantes para prestar esclarecimentos sobre o caso. Ele foi solto na audiência de custódia nesta segunda-feira.
Carreira
Vindos de Sinop (500 km de ao Norte de Cuiabá), Alderi e Weliton começaram a cantar músicas sertanejas no ano de 2013. Com participações em programas regionais, a dupla veio para Várzea Grande tentar a sorte na Região Metropolitana. João e Júnior cantavam em barzinhos e em diversos estabelecimentos da Capital.
“Ainda não sei se vou continuar a carreira. Eu e meu irmão éramos muito próximos, não sei se consigo continuar cantando. Espero que os culpados paguem pelo o que fizeram, pois o meu irmão era inocente. Ele não era cachorro para morrer daquele jeito”, concluiu Alderi.
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Pedro 23/01/2018
Agora o pé de pano vai ficar com a mulher do corno morto..kkkkkk
Fabio 23/01/2018
Depois que morre todos viram santos.
Jose lucas 23/01/2018
Todos viram vítima quando morrem é impressionante
Roberto 23/01/2018
A velha ladainha de que a policia "plantou" uma pistola. Essa já é velha, conta outra.
Critico 22/01/2018
Com a palavra o Secretário de Segurança. A acusação e grave. MPE deve acompanhar o IP
5 comentários