Os quatro advogados flagrados tentando fugir da sala de Estado-Maior do Centro de Ressocialização Ahmenon Lemos Dantas, em Várzea Grande, acumulam passagens por crimes graves. Nauder Júnior Alves Andrade, de 30 anos de idade, por exemplo, ganhou as manchetes depois de tentar matar a ex-namorada com uma barra de ferro. Ele foi condenado a 10 anos de prisão.
Paulo Renato Ribeiro, de 52 anos, está preso por injúria, calúnia, difamação e incitação ao crime, após acusar juízes, promotores e policiais de corrupção e pedofilia. Já Fábio Monteiro, de 62 anos, foi condenado a 22 anos de prisão pelo homicídio qualificado de um investigador de polícia. Pauly Ramiro Ferrari Dourado foi alvo da Operação Patrono do Crime.
A tentativa de fuga foi registrada na madrugada de quarta-feira (5) quando policiais penais ouviram barulhos vindos da sala e constataram que o ferrolho da grade havia sido danificado. O grupo foi contido antes de escapar.
Nauder Júnior foi condenado pelo Tribunal do Júri de Cuiabá em outubro deste ano, após ser reconhecido culpado por agredir brutalmente a ex-companheira Emily Tenório de Medeiros no bairro Tancredo Neves, em agosto de 2023. Ele a agrediu com socos, chutes e uma barra de ferro, além de tentar enforcá-la, mas a vítima conseguiu fugir e pedir socorro. O crime foi enquadrado como tentativa de feminicídio cometido por motivo fútil no contexto de violência doméstica.
Paulo Renato Ribeiro foi preso em setembro, em Colniza, depois de enviar áudios e mensagens pelo WhatsApp com ofensas e acusações contra autoridades do Judiciário e forças de segurança. Ele teve a prisão em flagrante convertida em preventiva e está detido no espaço reservado a advogados antes do julgamento definitivo.
Pauly Ramiro Ferrari Dourado, de 45 anos, é alvo da Operação Patrono do Crime, deflagrada pela Polícia Civil, suspeito de integrar uma facção criminosa com atuação dentro e fora dos presídios de Mato Grosso. O advogado também já foi flagrado tentando entrar na Penitenciária Central do Estado com cigarros escondidos no paletó e é investigado por comércio ilegal de armas e outros crimes.
O quarto envolvido, Fábio Monteiro, de 62 anos, foi condenado a 22 anos de prisão pelo homicídio qualificado do investigador de polícia Anézio Dias da Silva, executado em 2005, em São Paulo. De acordo com a denúncia, Monteiro deu apoio logístico ao crime, recebeu a arma usada e ajudou na fuga dos autores.
Ambos foram levados à Central de Flagrantes após a tentativa de fuga e deverão responder por dano qualificado e associação criminosa.
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