Veio à tona nesta terça-feira (7) o vídeo de um policial militar de Guarantã do Norte (708 km de Cuiabá), chorando e dizendo que estava abandonando o serviço porque, nas palavras do militar, “ele quer ser gente”. O Comando Geral da Polícia Militar se posicionou sobre o caso.
De acordo com o Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar, a gravação aconteceu no último sábado (4). No vídeo, o policial declara, em lágrimas, que irá deixar 18 anos de serviço na carreira militar.
“É preciso reconhecer a hora de parar, eu preciso parar, eu estou de serviço hoje e estou abandonando o serviço, estou indo embora do serviço e amanhã não irei vir trabalhar. Quero ser gente, busquei apoio, mas não há condições de resolução. Então, vou embora, para que eu possa viver com meus filhos, porque a polícia vai continuar”, desabafou o policial.
Sobre a situação do sargento, o comandante-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Alexandre Corrêa Mendes, gravou um vídeo, confirmando que o desabafo do policial o comoveu e que o sargento já está sob os cuidados e atendimento especializado.
“Sei muito bem que precisamos ser mais assistidos, sei muito bem que a jornada extraordinária não é uma política salarial, mas um meio alternativo de reposição de efetivo policial. Estamos trabalhando diariamente pela saúde mental da minha tropa, o policial já está sob cuidados e atendimento especializado. A Polícia Militar atende diariamente policiais que precisam de ajuda, mas não divulgamos por ética profissional. Problema emocional acontece em todas as classes e instituições e na PM não será diferente”, explicou coronel Mendes.
No pronunciamento, coronel Mendes afirmou ainda que, neste ano, mais de 500 policiais militares receberam atendimento especializado relacionado à saúde mental.
O desabafo do sargento de Guarantã do Norte soa novamente o alarme em relação ao efetivo insuficiente de policiais militares no Estado.
A declaração do policial chorando também resgata a tragédia registrada na unidade da PM, nos dias 21 e 22 de outubro, no município de São José do Rio Claro (a 342 km de Cuiabá), onde o sargento Gabriel Castella atirou e matou o outro colega de farda, o sargento William Ferreira, e, no dia seguinte, tirou a própria vida na frente do Batalhão em que trabalhava.
A reportagem procurou a assessoria de imprensa da PMMT e fez alguns questionamentos sobre quais são as políticas voltadas para a saúde mental que são adotadas pela corporação e os procedimentos médicos de apoio que o sargento de Guarantã do Norte recebeu. Porém, até o fechamento desta reportagem, ainda não houve retorno. O espaço segue aberto.
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Cesar 10/11/2023
Eu tambem uso farda , parece mil maravilha , mas é uma especie de prisão ! Fora que a gente é sempre mal visto !
Andre 08/11/2023
Se não aguenta pede pra sair!
Ana celia mateus 08/11/2023
Gente estamos enquanto servidores deste Estado solidários a Polícia Militar nem imaginamos o que passam diuturnamente atendendo as demandas de segurança dos cidadãos deste Estado. E lastimável ver hoje todas as áreas servidores adoecendo. Não é salário fator de motivação. E um dos fatores. Cer tantas injustiças, uns com tantos privilégios em detrimento de outros. E um achatamento dos servidores que estão na ponta, policiais, professores, profissionais da saude, carreiras areas meio que fazem a máquina andar então adoecendo. Precisamos mais efetivos e valorização. Só meta meta .... meu Deus, sso seres humanos, arrimos de lar. Só se vê falar em estágios, terceirização e seletivos temporários. Cuidem deste policial é de tantos outros, cuidem fos profissionais de saúde, cuidem dos professores.... não são máquinas. Estamos contigo policial que Deus de abençoe grandiosamente e recupere seu bem estar pois vc presta um serviço essencial pará nós. E... Pará este governo que precisa ser mais humanizado.
3 comentários