“Meu filho me pergunta por que a assassina da irmã ainda está solta”. Essa é a declaração da empresária Patrícia Hellen Guimarães Ramos, mãe de Isabele Guimarães Ramos, 14 anos, ao saber que a Justiça manteve o habeas corpus à infratora que matou a sua filha. A adolescente foi morta com um tiro na cabeça, no condomínio de luxo Alphaville I, em Cuiabá.
Em comunicado repassado nas redes sociais, Patrícia disse que após saber da decisão judicial ficou procurando resposta para dar ao filho de 10 anos. Ela afirma que ficou "vagando pela cidade" para saber o que dizer à criança.
“Ontem (quarta-feira-25), ao receber a notícia pela mídia, fiquei vagando com meu carro sem rumo, tentando criar coragem e pensando de que forma eu iria dar está notícia para o meu filho que todos os dias me pergunta: “por que a assassina da minha irmã ainda está solta??”, questionou a empresária.
Na quarta-feira (25), por unanimidade, a 3ª Terceira Câmara Criminal do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) manteve o habeas corpus à adolescente de 15 anos que matou Isabele. Entretanto, a menor terá que cumprir medidas cautelares e não poderá sair de casa aos finais de semana, no período noturno e nem ingerir bebida alcoólica.
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Na nota, a empresária afirma que o filho ainda passa por um momento complexo devido à morte da irmã.
“Meu Deus, meu filho está atravessando um momento muito difícil por conta da ausência de sua amada irmã. Com esta decisão de não recolher a menor que matou a minha filha e ainda sem saber o que dizer, preciso agora que alguém me ajude a dar uma resposta ao meu filho, lembrando que, como a minha filha que foi brutalmente retirada de nós, ele também é um menor de idade e precisa e tem o direito que seja dispensado a ele todos os cuidados que este terrível momento exige”, contou.
Por fim, Patrícia sustentou que está “indignada” com a decisão da Justiça. Além disso, ela ainda salientou que perdeu a esperança sobre a apreensão da infratora.
“Com o meu coração dolorido e a minha esperança estilhaçada, venho a público manifestar a minha decepção e também registrar a minha indignação em relação ao resultado final do julgamento do Habeas Corpus que decidiu por não recolher a menor que tirou a vida da minha filha com um tiro no rosto e sem que ela tivesse qualquer chances de se defender”, completou.
Justiça mantém habeas corpus
O benefício foi concedido à menor durante sessão remota. A decisão vai na contramão do pedido de internação do Ministério Público de Mato Grosso (MPMT). Na segunda-feira (24), o órgão ministerial reforçou a solicitação de internação da infratora. O pedido foi feito no início do procedimento e complementado agora com o fim da instrução processual.
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