Documento obtido pelo HNT revelou que um dos membros do Comando Vermelho em Mato Grosso, identificado como Jonas Rodrigues da Silva Neto, teve que apresentar um relatório por escrito de toda a execução do jovem paulista Pablo Ronaldo Coelho, de 24 anos, e justificar para seus líderes como que o amigo da vítima conseguiu fugir do veículo, quando estavam sendo levados para execução. A conduta se assemelhou a um trabalho 'protocolar', como se fosse um procedimento de uma organização em atividade regular.
O trecho foi localizado pela polícia através de uma conversa que Jonas teve com Robson Júnior Jardim dos Santos, vulgo “Sicred”, apontado como um dos líderes do CV no norte do Estado, responsável por ser mandante de diversos homicídios. Veja!
O autor do texto acompanhou e coordenou os fatos, como a observação das vítimas, até a fuga após a execução do jovem paulista. Durante todo o perídio do crime, ele deu ordens a Lucas da Silva Aguair e Joabe Vingre do Nascimento Conceição sobre como deveriam proceder.
Além disso, ficou constatado que partiu dele a ordem para executar Pablo, como também a ordem para filmar o ato.
Por fim, com as conversas extraídas do celular do suspeito, ficou claro para polícia a participação de Jonas Rodrigues da Silva Neto que, durante depoimento, esclareceu com detalhes toda a dinâmica do crime.
O criminoso foi indiciado pelos crimes de homicídio qualificado, homicídio qualificado tentado, ocultação de cadáver e tortura majorada pelo sequestro por duas vezes.
O CRIME
Pablo foi sequestrado no dia 19 de abril, junto com um amigo, quando ambos estavam em um bar de Nova Ubiratã (476 km de Cuiabá). Os dois tinham vindo do interior de São Paulo para trabalhar.
Eles foram levados a uma casa, sofreram diversas torturas durante a madrugada e, na manhã do dia seguinte, seriam deixados em uma área de mata local. No trajeto, o amigo de Pablo conseguiu escapar do veículo dos criminosos e, mesmo ferido, procurou ajuda da polícia.
O HNT recebeu informações com exclusividade de que o jovem foi executado por engano, já que ele não teria nenhuma ligação com organização criminosa e não fez nenhum sinal que fosse em alusão a alguma organização.
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Pablo teve membros do corpo decepados e o cadáver, ocultado na mata, sendo encontrado após 42 dias de buscas.
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