Antes de ser brutalmente assassinada pelo empresário Jorlan Cristiano Ferreira, de 44 anos, a jovem transexual Mayla Rafaela Martins, de 22 anos, desabafou com uma amiga sobre as ameaças que estava recebendo de seu algoz. Em prints do aplicativo de conversas Whatsapp, Mayla afirmou que estava “apavorada” e relatou o caso a um amigo. Na conversa, ela disse que estava em pânico por causa de um cliente com o qual estava saindo desde que chegou a Lucas do Rio Verde (332 km de Cuiabá).
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“[sic] Me ameaçou e tudo para mim ficar com ele, sair da rua, rodando na rua, louco pra mim ir embora. Me paga bem sabe AF tô pensando até ir embora”, diz ela ao amigo.
Em outro trecho, Mayla afirma que se continuasse na cidade, Jorlan iria “acabar com ela”. A versão apresentada nos prints de conversa vai de encontro com o depoimento de Rebeca Lopes, amiga da vítima.
Reprodução
Ao HNT, Rebeca contou que Jorlan começou a apresentar um comportamento obsessivo em relação à Mayla. Disse, ainda, que ela pretendia voltar para Várzea Grande, onde morava, pois tinha reatado o namoro. Em outro momento da conversa, entende-se que Mayla se encontrou com Jorlan novamente. Preocupado, o amigo pergunta se deu tudo certo.
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Em seguida, a jovem confirma que estava bem e que já havia comprado a passagem de volta para a região metropolitana da Capital. O plano, contudo, não chegou a ser concretizado, uma vez que a jovem foi morta antes que conseguisse sair de Lucas do Rio Verde.
O CRIME
O corpo de Mayla Rafaela Martins foi encontrado enrolado em um lona numa fazenda entre os municípios de Sorriso e Lucas do Rio Verde (420 e 331 km de Cuiabá, respectivamente), na terça-feira (16). Ela foi morta a facadas pelo empresário Jorlan Cristiano Ferreira de 44 anos. Horas mais tarde, ele foi preso pela Polícia Civil de Lucas do Rio Verde e confessou o feminicídio.
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