O delegado Rogério Ferreira, titular da Delegacia Especializada do Consumidor (Decon), isentou a Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão (Seplag-MT) no golpe dos consignados. Rogério asseverou que o crime ocorria no momento da oferta do crédito, os funcionários das operadoras faziam ofertas "tentadoras", assegurando empréstimos com parcelas baixas ou a renegociação de dívidas, mas se apossavam dos dados das vítimas para realizar transações bancárias sem consentimento, as levando ao superendividamento. Portanto, segundo o delegado, a Seplag não tem participação ou responsabilidade no esquema.
O titular da Decon também pontuou que os contratos têm valor jurídico, uma vez que cumpriram, em tese, o preenchimento dos dados em sistema e possuem a assinatura dos clientes.
"A partir do momento que o servidor em situação de vulnerabilidade recebe uma oferta tentadora com juros menores, parcelas menores, renegociação diminuindo o valor e o número de parcelas, ele é seduzido a fornecer seus dados e uma vez que fornece os seus dados e assina um contrato, esse contrato, juridicamente, ele é válido", explicou Rogério Ferreira em coletiva nesta quarta-feira (28).
SERVIDORES ESTÃO FORA DE ESQUEMA
O delegado descartou que servidores da Seplag faziam parte do esquema e esclareceu que ao receberem os documentos das operadoras de crédito, os funcionários do governo apenas davam baixa no sistema, validando os descontos das parcelas dos empréstimos consignadas aos salários.
"Enquanto não for demonstrada a fraude na oferta ele está valido. Quando esse contrato é submetido à Seplag verificasse a formalidade e o sistema aceita o empréstimo, mas é bom frisar, preliminarmente, estamos trabalhando com todas as possibilidades possíveis. Tudo vai ser investigado pela Polícia Civil", falou Rogério.
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SEPLAG SUSPENDE DESCONTOS DE SERVIDORES
Na manhã desta quarta, a Seplag suspendeu em caráter imediato todos os descontos de consignados contratados pelos servidores com a Capital Consig, uma das operadoras denunciadas. A suspensão tem como objetivo proteger os servidores até que a apuração dos fatos seja concluída e por isso tem prazo de 90 dias, que podem ser prorrogados, e durará até o fim da força-tarefa.
O delegado ressaltou que o "o número de empresas (que aplicaram os golpes) ainda é indetermidado". Até o momento, apenas a Capital Consig foi identificada. Porém, outras operadoras são investigadas e é questão de tempo para Decon expor os CNPJs. "Não é só essa empresa", finalizou Ferreira.
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Vicente Gonçalves Sampaio 28/05/2025
Já faz algum tempo que eu venho pagando 550 para esse banco capital consig e não recebi nenhum real desse banco. Clickbank também é da mesma empresa
1 comentários