Investigações conduzidas pelas Delegacia Especializada de Defesa ao Consumidor (Decon) da Polícia Civil identificaram indícios de fraude na oferta dos consignados ao servidores públicos. A apuração começou depois de suspeitas de irregularidade.
Conforme explicou o delegado Rogério Ferreira, titular da Decon, foram detectadas duas modalidades de fraude. Na primeira, o servidor que não possuía mais margem para empréstimos consignados era contatado pelas empresas. O servidor era induzido a acreditar que estava contratando uma nova consignação, mas acabava adquirindo um cartão de crédito.
As empresas, então, faziam saques a partir do cartão e transferiam para o servidor através de pix, fazendo a vítima acreditar que contratou um empréstimo consignado. Depois, o contratante pagava uma taxa mínima, crendo ser a parcela do valor emprestado, mas na verdade era o pagamento mínimo da fatura do cartão. Assim, os juros iam crescendo, transformando a situação em uma bola de neve.
Na outra modalidade, as empresas ofereciam falsas oportunidades de portabilidade ou renegociação de débitos, seduzindo o consumidor. O servidor recebia ofertas de juros e parcelas menores. Mas na realidade, a empresa se aproveitava da situação de vulnerabilidade do servidor e pegava seus dados.
Assim, utilizava senhas, nome, CPF para fazer uma série de negociações junto a outras entidades bancárias se passando pelo trabalhador.
Apesar da suspeita de fraude na oferta, os contratos ainda são válidos. Entretanto, a partir do momento que a Polícia Civil demonstrar as irregularidades, os servidores poderão procurar a Justiça e pedir reparação de danos.
As investigações continuam. Até o momento, segundo a Polícia Civil, poucos boletins de ocorrência foram registrados. As autoridades acreditam que o número deva aumentar nos próximos dias devido a repercussão do caso.
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