O delegado Caio Albuquerque, em entrevista coletiva na Delegacia Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na manhã desta terça-feira (24), afirmou que as investigações apontam que os maranhenses Tiago Araújo, 32 anos, Paulo Weverton Abreu Costa, 23 anos, Geraldo Rodrigues da Silva, 20 anos e Clemilton Barros Paixão, de 20 anos, foram mortos com tiros na cabeça, decapitação e esquartejamento.
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As vítimas desapareceram há cerca de dois anos, quando foram sequestradas de dentro de casa, localizada no bairro Renascer, em Cuiabá. Os corpos até o momento não foram encontrados. Mas, em declaração, o delegado afirma que todos foram mortos.
“Durante esses quase dois anos de investigação, muita oitivas e provas técnicas demonstram e colocaram cada um dos envolvidos no cenário dos fatos, boa parte, inclusive, no palco dos assassinatos. Temos elementos contundentes de que as vítimas foram decapitadas, tiveram membros amputados, com disparos na cabeça. Os cadáveres foram ocultados em local ainda desconhecido. Tudo praticado por integrantes de facção que atua em Mato Grosso, que é o Comando Vermelho”, afirma o delegado.
As vítimas vieram do estado do Maranhão em busca de uma vida melhor. Depois dos crimes, as famílias foram expulsas da Capital pela facção.
“Fomos ao Maranhão, ouvimos todos os familiares. Eles se queixam que poderiam estar numa vida melhor aqui. Disseram: 'além de matar nossos familiares, tivemos que ir embora e passar o que estamos passando'”, relatou.
A equipe policial ficou três dias no estado do Nordeste, coletando depoimentos dos parentes das vítimas. Segundo a autoridade policial, foi possível constatar que essas famílias passam uma situação precária.
As vítimas moravam em um casa no bairro Renascer, em Cuiabá, e desapareceram em maio de 2021, após serem sequestradas por um grupo armado. Desde então, nunca mais foram vistas.
A 'Operação Kalýpto', deflagrada pela Polícia Civil em Cuiabá na manhã desta terça-feira (24), cumpre 18 mandados de prisão e de busca e apreensão contra membros do Comando Vermelho (CV), apontados como autores das mortes dos quatro maranhenses, por suposta ligação com facção criminosa rival, o Primeiro Comando da Capital.
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