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Polícia Terça-feira, 14 de Fevereiro de 2017, 08:10 - A | A

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Terça-feira, 14 de Fevereiro de 2017, 08h:10 - A | A

MAUS-TRATOS

Delegada investiga espancamento contra bebê de um ano

RAYANE ALVES

A delegada da Delegacia de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica), Ana Paula Campos, recebeu no começo da tarde de segunda-feira (13), o caso do bebê de um ano e 11 meses que foi internado na Santa Casa de Misericórdia após se engasgar com um pedaço de bolo e também vítima de maus-tratos. Essas agressões, segundo informações da própria mãe da criança, eram cometidas pelo padrasto da vítima. 

 

Atualmente o pequeno I.G está respirando com ajuda de aparelhos e está em tratamento intensivo em suas diversas fraturas pelo corpo. 

 

Alan Cosme/HiperNoticias

delegada ana paula campos

 

Ao HiperNotícias, Ana Paula disse que fez um requerimento ao Ministério Público Estadual (MPE) para realizar o exame de corpo delito na criança que continua internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa. Além disso, um inquérito policial também foi instaurado para apurar as possíveis agressões denunciadas pelo Conselho Tutelar.

 

A mãe e o padrasto já foram ouvidos e liberados porque não houve o flagrante. Mas, os dois podem ser presos caso se confirme as agressões.

 

“As primeiras providências que poderiam ser tomadas já tomei. Agora é acompanhar o caso e vou trabalhar para constatar de fato as acusações e pedir ao juiz a prisão. Caso defira posso prender imediatamente e a pena vai variar conforme a situação confirmada”, adiantou.

 

No boletim médico, o hospital confirmou que I.G. o menino teve fraturas na coluna, fêmur, coxa, clavícula, lesões abdominais e um corte profundo no queixo, além de apresentar pernas roxas e inchadas.

 

Vale ressaltar que todos esses ferimentos só foram confirmados porque a mãe levou a criança até o Pronto-Socorro de Várzea Grande alegando que o filho tinha se engasgado com um pedaço de bolo na manhã de domingo (12).

  

A conselheira Neila Campos, que acompanha o caso e integra a equipe do Conselho Tutelar do bairro Jardim Glória, em Várzea Grande, informou que as agressões ao pequeno aconteceram há pelo menos 30 dias. Porém, a mãe não procurou o hospital porque tem medo do padrasto do filho com quem se relaciona há seis meses. E, só foi até a unidade médica neste domingo porque tinha dado um pedaço de bolo ao menino e ele estava morrendo engasgado sem ar.

 

“O fato do bolo foi confirmado, porém temos outras situações bem piores. A criança não corre mais risco de morte. A mãe foi conivente ao erro e negligente ao cuidar do filho. Houve espancamento. Como ela poderia manter o menino quebrado todos esses dias dentro de casa sem levá-lo ao médico? Quer dizer que ela deixaria ele morrer e a gente saberia do caso somente dessa forma? Mas, o bom é que essa criança conseguiu ser atendida antes e apesar de permanecer na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa, não corre risco de morrer”, informou a conselheira.

Alan Cosme/HiperNoticias

delegada ana paula campos

 

Sem a guarda do filho

Na tarde de ontem, depois da criança ser transferida de Várzea Grande para Cuiabá, a mãe tentou visitar o filho, mas foi impedida pelo corpo médico.

 

“Apenas o Conselho Tutelar está liberado para entrar no quarto, e depois que tiver alta nós vamos pegar uma guia para levar o menino para alguma instituição ou pra outro familiar que tiver interesse em se responsabilizar. Com certeza para os braços da mãe essa criança não volta mais”, defendeu a conselheira.

 

No hospital, após receber os primeiros socorros, a criança foi internada e tomou adrenalina para ajudar nos batimentos cardíacos. Na manhã desta segunda-feira (13), a medicação foi reduzida e a criança foi liberada para começar a se alimentar por meio de sonda.

 

Ainda conforme a conselheira, na tarde de hoje a criança deve passar por consultas com ortopedista e neurocirurgião. O Conselho Tutelar já informou a Polícia Civil sobre o caso.

 

Caso

Alan Cosme/HiperNoticias

delegada ana paula campos

 

A criança chegou ao Pronto-Socorro com a mãe e o padrasto. A médica plantonista realizou o atendimento, mas desconfiou do fato e acionou a Guarda Municipal e o Conselho Tutelar. Os dois foram encaminhados junto com o bebê para prestar depoimento na Central de Flagrantes.

 

A criança apresentava sinais de ferimentos diferentes da situação relatada pela mãe, e por causa disso, a médica acionou o Conselho Tutelar. Com estado grave, a criança precisou ser transferida para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Cuiabá.

 

Na avaliação de Neila, a mãe da criança apresentava ter medo do companheiro com quem se relacionava há apenas seis meses. “Ela falou que ele era bastante agressivo e que já tentado agressões contra o filho e ela. Já haviam denúncias de maus-tratos contra os suspeitos inclusive”, concluiu.

 

 

Como não houve flagrante das agressões, o casal foi ouvido e liberado. O caso continua sendo investigado pela Delegacia Especializada de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (Deddica).

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