O Conselho Regional de Medicina (CRM) cobrou providências do governo de Mato Grosso para reforçar a segurança e melhoria de condições de trabalho nas unidades de saúde do Estado. Isso ocorreu após da médica Jaqueline Matos da Croce, de 31 anos, e a agente de saúde Regy Rouse Lopes de Oliveira, de 51 anos, terem sido esfaqueadas em um consultório de uma unidade pública de saúde de Primavera do Leste (a 240 km de Cuiabá).
De acordo com a nota emitida pelo CRM, o conselho repudiu a violência cometida contra as servidoras, que aconteceu na quinta-feira (25). Na ocasião, Jaqueline estava atendendo em um consultório médico da unidade básica de saúde do bairro São José.
Após atender um paciente, um homem identificado apenas como Antônio Anderson Ferreira Lima invadiu o local e desferiu várias facadas no abdômen da médica, que está grávida de 5 meses.
Uma testemunha conseguiu intervir e jogou uma mesa na direção do suspeito, que conseguiu correr.
Na fuga, ele ainda atingiu a agente de saúde Regy Rouse Lopes de Oliveira, de 51 anos, com uma facada no tórax. Regy não resistiu aos ferimentos e morreu durante a cirurgia.
Já Jaqueline está com o quadro de saúde estável, mas permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Foi informado ainda que o bebê passa bem e não foi atingido.
Por meio de nota, o CRM manifestou solidariedade às famílias e orientou aos médicos que, em caso de violência, registrem um boletim de ocorrência e comuniquem o fato imediatamente ao Conselho Regional de Medicina.
"O CRM-MT vem a público repudiar veementemente a violência contra os profissionais de saúde e cobrar das autoridades a tomada de providências urgentes para reforçar a segurança e a melhoria de condições de trabalho nas unidades de saúde do Estado. Médicos, outros profissionais de saúde e pacientes não podem ficar vulneráveis a ser testemunhas e vítimas de agressões físicas e psicológicas que não carecem de qualquer justificativa", diz a nota.
MOTIVAÇÃO
Antônio Anderson relatou aos policiais militares que cometeu o crime devido a um atendimento 'ruim' que teria recebido no local. Após cometer o crime, o homem ainda gravou um vídeo dizendo que os “poderosos” da Justiça brasileira tentaram usar a medicina para tirar a sua vida.
Em outra gravação, o suspeito aparece com uma faca na mão, dizendo que tinha acabado de agir e que esperava pela polícia.
Por outro lado, o irmão da médica Jaqueline disse que não entende o ato do suspeito, já que sua irmã nunca recebeu reclamação por conta de atendimento na saúde pública.
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