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Polícia Terça-feira, 21 de Maio de 2024, 16:26 - A | A

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Terça-feira, 21 de Maio de 2024, 16h:26 - A | A

DEZ PRESOS

Crimes contra pai do prefeito de Jangada foram idealizados por faccionado do CV dentro da PCE

Tudo começou a partir do presidiário, que entrou em contato com um ‘disciplina’ da facção, que ficou encarregado de encontrar alguém para fornecer o cativeiro. Em seguida, encontraram pessoas para a logística, intermediação e execução do plano

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

As investigações da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) apuraram que um membro da facção criminosa Comando Vermelho, que está detido na Penitenciária Central do Estado (PCE) e não teve a identidade divulgada, foi o mentor intelectual do roubo e sequestro do pecuarista Edson Joel de Almeida Meira, de 57 anos, pai do prefeito de Jangada (75 km de Cuiabá), Rogério Meira (PP). O crime ocorreu no dia 22 de outubro do ano passado e foi todo arquitetado de dentro da cadeia. 

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De acordo com o delegado Antenor Pimentel, da GCCO, tudo começou a partir do presidiário, que entrou em contato com um ‘disciplina’ da facção, que ficou encarregado de encontrar alguém para fornecer o cativeiro. Em seguida, encontraram pessoas para a logística, intermediação e execução do plano.

Dessa forma, o crime foi todo compartimentalizado, ou seja, cada membro do grupo recebeu uma designação e não sabia qual seria a função desempenhada pelos comparsas. 

“Temos o presidiário, que entrou em contato com uma pessoa de fora, que ficou de organizar a parte logística. Essa pessoa da logística conseguiu a pessoa do cativeiro. Inicialmente, procurou uma pessoa para ser o fornecedor do cativeiro e fez a reunião com os integrantes do grupo. Mas, essa pessoa não pôde fornecer o cativeiro e indicou outra. Mas, eles ainda precisavam dos executores do crime - que iriam amarrar as vítimas, aplicar o medicamento. Então, conseguiram três pessoas para executar o plano", relatou o delegado.

"Os indicados pelo ‘disciplina’ e o fornecedor do cativeiro foram até a fazenda, roubaram, renderam as vítimas e sequestraram o proprietário da fazenda. Enquanto isso, um outro grupo ficou responsável por levar de carro, buscar, trocar de carro. Eles têm essa malícia de trocar de carro para deixar menos pistas [ para a polícia]”, acrescentou Pimentel. 

Conforme a autoridade policial, os criminosos se reuniram por diversas vezes antes de sequestrar Edson Joel, tanto por videoconferência como presencialmente. 

LEIA MAIS: Depoimento de integrante revela plano e responsáveis por sequestro do pai do prefeito de Jangada

Até o momento, dez pessoas estão presas pelo crime, sendo que nove confessaram. Mas, a polícia ainda procura por outros dois comparsas que estão foragidos e por uma figura identificada como ‘Rodrigo Manco’. Ele teria participação no sequestro e foi deletado pelo grupo, mas as forças de segurança ainda não conseguiram capturá-lo ou sequer comprovar sua existência. 

“Nove confessaram, mas eles omitem informações, inventam. Então, tem muita coisa que não ficou 100% esclarecida”, finalizou o delegado. 

O objetivo do roubo e sequestro, segundo apurado, era obter R$ 7 milhões oriundos de uma emenda parlamentar, cujo valor total atinge a cifra de R$ 28 milhões, destinada à Prefeitura de Jangada naquele ano. Contudo, os criminosos não conseguiram. 

LEIA MAIS: Sequestradores do pai de prefeito miravam R$ 28 milhões de emendas parlamentares, diz delegado 

O CRIME

A ação criminosa ocorreu na madrugada de 22 de outubro de 2023, em uma fazenda na zona rural de Jangada. O grupo de assaltantes invadiu a propriedade, ameaçou, com emprego de armas de fogo, os funcionários do local e, depois, amarrou as vítimas. Os criminosos ficaram aguardando o proprietário Edson Joel, que chegou à fazenda ao amanhecer. Em seguida, o pecuarista foi colocado em seu veículo e levado a um cativeiro, de onde os criminosos passaram a exigir de familiares o resgate para liberação da vítima.

Durante as primeiras diligências para esclarecer o crime, a equipe da GCCO localizou o pai do prefeito nas proximidades da comunidade Rancharia, no município de Nossa Senhora do Livramento. A vítima conseguiu escapar do local onde foi mantida em cativeiro e caminhou até a comunidade, onde a equipe da GCCO a encontrou.

Horas mais tarde, a equipe policial prendeu em flagrante três envolvidos no crime, nas cidades de Nova Olímpia e Nova Marilândia (204 e 251 km de Cuiabá, respectivamente). A primeira a ser presa, em Nova Olímpia, foi uma mulher identificada como ‘laranja’ na empreitada criminosa. Ela emprestou sua conta bancária para receber valores extorquidos da família da vítima. Na sequência, a GCCO prendeu um casal, coautor do sequestro e que agiu como interlocutor para ‘liberar’ a vítima. 

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