As crianças submetidas à tortura em Paranatinga (a 370 km de Cuiabá) também eram obrigadas a comer fezes humanas, segundo revelou a Polícia Civil nesta terça-feira (16). O caso veio à tona na segunda e duas pessoas foram presas, sendo uma delas o avô biológico dos irmãos de seis e oito anos de idade. Além de ingerir fezes humanas, as crianças eram tratadas como animais e obrigadas a permanecer ajoelhadas sobre tampinhas de garrafa.
O caso foi descoberto após diligências realizadas pela Delegacia local com apoio do Ministério Público e do Conselho Tutelar. As vítimas estavam sob a guarda do avô, de 63 anos, que, segundo as autoridades, não tomou providências para interromper os supostos maus-tratos aplicados por sua companheira, de 45.
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De acordo com o delegado responsável pelo caso, Gabriel Conrado, as investigações apontam para uma rotina de violência continuada contra os menores. “A situação era marcada por humilhações e práticas de extrema crueldade”, afirmou.
Em nota, o Ministério Público estadual informou que a conduta do casal caracteriza grave violação aos direitos fundamentais das crianças, com enquadramento na legislação de proteção à criança e ao adolescente. A promotora Caroline de Assis destacou que as vítimas estavam em um ambiente de “desumanização, sofrimento psicológico intenso e violência física reiterada”.
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O casal foi preso preventivamente por decisão judicial na última segunda-feira (15). As crianças foram encaminhadas a uma unidade de acolhimento institucional. O inquérito policial deve ser concluído nos próximos dias e encaminhado ao Poder Judiciário para análise da responsabilização criminal dos envolvidos.
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