“Achei que ia morrer”. Esse é o relato do mecânico João Paulo, alvo de sessões de tortura devido a uma dívida de R$ 1.200, na cidade de Tangará da Serra (240 km de Cuiabá). Em entrevista à TV Cidade Verde (assista completa no final da matéria), o homem disse ter sido alvo de uma “covardia” e que durante os espancamentos achou que não iria resistir às agressões.
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João Paulo foi torturado por Gustavo Henrique Nilson Albues, em uma oficina mecânica no dia 3 de dezembro. As agressões foram gravadas e compartilhadas na rede social e geraram grande revolta perante à sociedade. Após a repercussão, a Polícia Civil passou a investigar os fatos e o agressor foi preso preventivamente.
Depois da detenção de Gustavo, João Paulo recebeu a equipe televisa e deu detalhes de como tudo ocorre. A vítima ainda confirmou que as agressões ocorreram devido a uma dívida e que estava sem dinheiro para fazer o pagamento.
“Em nenhum momento eu neguei a conta. Estava sem recurso para pagá-lo. Eu achei uma covardia muito grande o que ele fez comigo. Naquele momento, eu achei que ia morrer”, relatou.
João Paulo contou que devia R$ 1.200 para Gustavo. À reportagem, o mecânico alegou que o agressor não deu chances para que ele se explicasse quando iria pagar a conta. Para ele, Gustavo estava "alterado".
“Eu estava vindo de casa, era 13h40 mais ou menos a hora que eu cheguei na oficina, e o Gustavo chegou para cobrar uma dívida. Era R$ 1.200 de um serviço que eu tinha feito no carro dele (Gustavo). Eu falei pra ele que não tinha o dinheiro e, realmente, eu não tinha. E ele estava meio alterado, não quis me escutar, eu quis mostrar pra ele através do meu celular ele não quis me escutar do mesmo jeito e partiu para o meu rumo com agressões”, disse.
A vítima alegou ainda que não conseguiu ver as imagens de Gustavo sendo preso pela Polícia Civil. Ele ainda garantiu que não sente rancor de Gustavo.
“Eu comecei a ver e parei. Nós não precisávamos estar passando por isso. É uma coisa que eu falei e repito e torno a repetir: era uma dívida, mas eu acho que ninguém tem o direito de chegar e fazer o que fizeram. Acho que eu não trataria nenhum cachorro da forma que eu fui tratado. Mas, eu não guardo nenhum rancor”.
Por fim, o mecânico contou que não é criminoso e que a sua vida sempre foi voltada para o trabalho. Ele ainda acha que a justiça foi feita com Gustavo.
“Minha vida só foi trabalhar. Eu nunca fui criminoso. Minha vida foi só trabalhar. Eu não tenho rancor. Eu acho que a Justiça já foi feita. Eu coloco nas mãos de Deus. Ele (Deus) decide o que faz. Por mim, eles (os agressores) estão perdoados”, finalizou.
Veja a entrevista
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Tânia Maria rodrigues 12/12/2020
Que Deus te abençoe!
1 comentários