Onze forças políticas aspiram à disputa eleitoral, onde além de elegerem o presidente e o vice-presidente que governarão o país pelos próximos cinco anos, os uruguaios também decidirão como será formado o Congresso. As sondagens indicam que, mais uma vez, a disputa manterá a habitual polarização entre a esquerdista Frente Ampla, encabeçada por Yamandú Orsi, e o governante Partido Nacional, representado por Álvaro Delgado, deputado do atual presidente Lacalle Pou.
Caso ninguém obtenha metade mais um dos votos, haverá um segundo turno, que será realizado no dia 24 de novembro e no qual triunfará a candidatura que obtiver a maioria simples.
Perante os sinais de indiferença do eleitorado, ambos os candidatos procuram preencher as lacunas deixadas pelos grandes líderes que marcaram a política do país nas últimas décadas.
Orsi, de 57 anos, pretende devolver o poder à Frente Ampla e ser a renovação de uma coalizão historicamente liderada por Tabaré Vázquez, falecido em 2020, e José "Pepe" Mujica, atualmente aposentado do cenário político e que enfrenta sérios problemas de saúde. O esquerdista lidera todas as sondagens com mais de 40% das intenções de voto e uma vantagem de mais de 15 pontos sobre o seu rival oficial imediato.
Delgado, por sua vez, aparece em segundo lugar com entre 20% e 24% dos apoios, depois de uma campanha tímida que não foi suficiente para monopolizar o apoio do presidente Lacalle Pou, que tem uma aceitação superior aos 50%, mas não consegue concorrer a um novo mandato, uma vez que a reeleição é proibida.
Em terceiro lugar aparece o integrante do conservador Partido Colorado, Andrés Ojeda, com cerca de 14% das intenções de voto. O advogado da mídia, que se apresenta como o rosto da "nova política" com uma estratégia pouco convencional, estabeleceu como meta chegar ao segundo lugar e assim entrar no segundo turno.
Cerca de 2,7 milhões de eleitores devem ir às urnas em todo o país, onde o voto é secreto e obrigatório.
(Com Agência Estado)
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