Segundo o governo federal, cerca de três mil pessoas no Líbano solicitaram apoio do Brasil para deixar o país. A FAB afirmou que a missão vai continuar até que todas as pessoas sejam retiradas.
O primeiro grupo de resgatados chegou ao Brasil no domingo, 6, com 229 pessoas. O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, esteve no local para receber o grupo e disse que o País "não medirá esforços" para retirar os brasileiros ou parentes de brasileiros que estão no Líbano.
A guerra, que piorou no último mês com bombardeios de Israel em zonas urbanas e invasão no sul do país, já causou 1,4 mil mortes e deslocou 1,5 milhão de pessoas.
Além do resgate, a missão do governo federal também levou ao Líbano insumos de saúde. A aeronave, um modelo KC-30, deve retornar ao país nos próximos dias.
Segundo o governo, a operação pretende resgatar cerca de 500 brasileiros por semana.
O país tem a maior comunidade de brasileiros no Oriente Médio, com cerca de 20 mil pessoas. O plano do governo federal é colocar outras aeronaves da FAB e também civis na operação.
Ao chegar no Brasil, os repatriados são atendidos por uma equipe multidisciplinar do SUS, com profissionais com domínio da língua árabe, que oferecem atendimento médico e psicológico aos resgatados.
A repatriação de brasileiros no Líbano foi divulgada pelo Itamaraty no dia 30 de setembro.
A decisão ocorreu depois que o conflito entre Israel e o Hezbollah se intensificou. Dois adolescentes brasileiros foram vítimas de bombardeios israelenses. Mirna Raef Nasser, de 16 anos, e Ali Kamal Abdallah, 15 anos, morreram em bombardeios contra o no Vale do Bekaa, subúrbio de Beirute, no dia 23 de setembro.
A prioridade do governo federal é o resgate de pessoas idosas, mulheres grávidas, doentes ou quem não tem recursos para comprar uma passagem aérea em voo comercial.
(Com Agência Estado)
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