O Quarteto para o Oriente Médio, bloco formado por EUA, Rússia, União Europeia e ONU, divulgou nesta tarde uma declaração propondo um acordo de paz final entre palestinos e israelenses "antes do final do ano de 2012".
"Em um mês haverá um encontro preparatório entre as partes para definir a agenda e os métodos de procedimento da negociação. Nesse encontro haverá o compromisso de que o objetivo de toda negociação é alcançar um acordo em um prazo de tempo definido por todas as partes mas não mais tarde que finais de 2012", diz o texto da declaração.
O grupo de países teve uma reunião nesta tarde em Nova York, horas após o presidente da Autoridade Nacional Palestina Mahmoud Abbas oficializar na ONU o pedido para que a Palestina se torne membro pelo da organização.
A proposta do Quarteto está em sintonia com o discurso dos EUA e de Israel, que pregam que a paz no Oriente Médio só pode ser obtida com a retomada das negociações, e não com o reconhecimento da Palestina na ONU.
A declaração pede ainda que palestinos e israelenses apresentem "propostas completas em até três meses sobre segurança e território [questão das fronteiras]" e que sejam obtidos "progressos substanciais" em até seis meses.
A proposta estabelece ainda uma conferência internacional a ser realizada em Moscou, "em momento conveniente" para analisar o avanço das negociações e também uma conferência de doadores internacionais para a Palestina.
Porém, a declaração não traz nenhuma nova proposta para resolver questões chave como a questão das fronteiras, o status de Jerusalém e o futuro dos refugiados palestinos e dos colonos judeus. A iniciativa vem sendo encarada por analistas como a ação mais limitada já tentada pelo Quarteto.
Já a secretária de Estado americana Hillary Clinton disse que o Quarteto traz uma "proposta concreta" para retomar as negociações de paz.
"Os EUA estão satisfeitos porque o Quarteto pôde publicar uma declaração hoje com uma proposta detalhada e completa para reiniciar a negociação ente israelenses e palestinos sem atrasos ou precondições", disse a secretária de Estado.
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