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Mundo Quarta-feira, 21 de Dezembro de 2011, 18:39 - A | A

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Quarta-feira, 21 de Dezembro de 2011, 18h:39 - A | A

CONFRONTO

Oposição na Argentina convoca diretores de emissora invadida

Juiz federal interpretou o fato como parte de uma "perseguição" do governo de Cristina Kirchner

DA FOLHA DE SÃO PAULO

Deputados de diversos partidos da oposição convocaram diretores da Cablevisión para uma reunião nesta tarde, quando deverão escutar a versão da emissora sobre a invasão de terça-feira na sede do grupo e decidir os passos que serão tomados a partir de agora, segundo informou o site do jornal "La Nación" nesta quarta-feira.

Para representar a emissora, participarão do encontro o gerente-geral, Carlos Moltini, e diretores do grupo Clarín. "Fomos convocados para monstrar nossa versão do que ocorreu ontem", disseram os representantes da Globovisión ao site do "La Nación".

Ainda segundo o site, também é possível que participem da reunião trabalhadores da empresa e membros do Sindicato Argentino de Televisão.

Leo La Valle/Efe

Protestos sindicais interromperam entrega do "Clarín" em março; jornais disseram que governo ignorou a Justiça

O juiz federal Walter Bento ordenou, na terça-feira, a intervenção na sede da operadora de TV a cabo Cablevisión, do grupo Clarín, o maior do setor de multimídia da Argentina, que interpretou o fato como parte de uma "perseguição" do governo de Cristina Kirchner.

Cinquenta agentes da polícia militar entraram na sede da Cablevisión em Buenos Aires, cumprindo ordens do magistrado da província de Mendoza (oeste), por denúncia de "exercício presumível de concorrência desleal" e "posição dominante".

Em 2010, o grupo Clarín teve um faturamento acumulado de 7,6 bilhões de pesos e lucro antes de impostos de 2,3 bilhões. Cerca de 77% desses ganhos foram originados das operações da Cablevisión.

Em resposta à operação, a companhia de TV a cabo divulgou dois comunicados. No primeiro dele, classificou a operação policial como "sem precedentes, inscrita dentro de uma campanha sistemática de perrseguição que o governo realiza contra as empresas do grupo Clarín".

"A presença de mais de 50 policiais exibindo armas na sede central, em uma atitude intimidante e opressiva, configura um fato de indiscutível gravidade, sem dúvida parte de um capítulo da ofensiva do governo contra a mídia não governista", disse na segunda nota.

A Cablevisión se disse "vítima de uma medida judicial irregular ordenada por um juiz da província de Mendoza", em referência a Bento. A empresa não tem operações em tal localidade. De acordo com o "Clarín", o grupo de multimídia Vila-Manzano, a que pertence o Supercanal, é um aliado fundamental do governo argentino.

Em defesa da administração federal, o ministro do Interior, Florencio Randazzo, disse que "é um disparate" considerar que a ordem partiu do governo de Cristina Kirchner, sustentando que o Corpo de Gendarmes "atua como auxiliar da Justiça".

O juiz designou um "interventor coadministrador" depois da queixa apresentada pela empresa concorrente Vila-Manzano, titular do Supercanal, também de televisão a cabo, segundo Ricardo Mastronardi, advogado do funcionário designado interventor pela Justiça, Enrique Anzoise.

CONFRONTOS

O governo Kirchner e o grupo empresarial que publica o jornal "Clarín", o de maior circulação na Argentina, mantêm um confronto que cresceu nos últimos dias.

O fato acontece num momento em que o Senado se prepara para votar uma lei polêmica que declara de interesse público o papel jornal, que tem como único fabricante a Papel Prensa, controlada pelos diários "Clarín" (49% das ações) e "La Nación" (22,49%), os dois maiores da Argentina, enquanto o Estado possui uma participação de 28,08%.

O grupo Clarín administra 60% do mercado da televisão a cabo na Argentina e 90% na área da capital e periferia, que possui 14 milhões de habitantes, segundo o canal de notícias América 24.

A Cablevisión conta com mais de 3.300.000 assinantes distribuídos na Argentina, no Uruguai e no Paraguai. Na Argentina, está presente em 96 cidades e em 12 províncias, informa a empresa em sua página na internet.

SAIBA MAIS

A intenção do governo argentino de legislar sobre a fabricação e a distribuição do papel para jornais e o estabelecimento da Lei de Serviços Audiovisuais, que determina a abertura do setor, são algumas das questões de disputa entre Cristina Kirchner e os donos dos principais jornais do país.

A fábrica Papel Prensa foi fundada em 1972 e adquirida pelos principais jornais argentinos, "Clarín" e "La Nación", durante a ditadura, fato que está sendo investigado pela Justiça por conta das denúncias de que foram cometidas violações aos direitos humanos neste processo.

Para a Adepa (Associação de Entidades Jornalísticas Argentinas), os últimos dois anos foram os mais difíceis para os meios de comunicação argentinos desde a retomada da democracia em 1983.

A entidade alega que jornalistas e diretores de meios de comunicação vêm sofrendo "danos pessoais e injúria" por parte de funcionários ou setores ligados ao governo.

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Leo La Valle/Efe

Leo La Valle/Efe

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