Líderes do G8 (o grupo dos sete países mais ricos do mundo, mais a Rússia) pediram nesta sexta-feira ao final de seu encontro anual que o líder líbio, Muammar Gaddafi, deixe o poder.
"Gaddafi e o governo líbio fracassaram em sua responsabilidade de proteger a população líbia e perderam toda a legitimidade", diz um comunicado emitido pelos líderes na cidade de Deauville, no norte da França, onde foi realizada a cúpula de dois dias.
"Ele não tem futuro em uma Líbia livre e democrática. Ele deve partir."
O anfitrião do evento, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, disse que a campanha militar da Otan na Líbia seria intensificada e o premiê britânico, David Cameron, disse que o país enviará helicópteros Apache para reforçar o ataque às forças líbias.
Charles Dharapak/Associated Press |
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Obama caminha ao lado do secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, no G8 |
"Estamos entrando em uma nova fase. Há sinais de que a pressão contra Gaddafi está funcionando", disse Cameron.
Por sua vez, o presidente americano, Barack Obama, disse que os líderes estão "unidos na disposição de terminar o trabalho" na Líbia.
RÚSSIA
A Rússia, país que vinha adotando postura critica sobre a campanha da Otan, disse concordar que Khadafi perdeu toda a legitimidade.
O presidente do país, Dmitri Medvedev, se ofereceu para mediar uma solução pacífica para o conflito, oferta elogiada por Sarkozy.
Por outro lado, o governo russo insistiu para que os presentes à cúpula não anunciassem a possibilidade de novas sanções na ONU contra a Síria, caso o governo de Damasco continue a reprimir manifestantes pró-democracia.
Os líderes do G8 também anunciaram um programa de US$ 20 bilhões (cerca de R$ 32 bilhões) do Banco Mundial para apoiar as reformas políticas e econômicas no Egito e na Tunísia pelos próximos dois anos.
"A democracia pavimenta o melhor caminho para a paz, a estabilidade, a prosperidade, o crescimento compartilhado e o desenvolvimento", declararam os líderes após encontro com os premiês dos dois países árabes.
Sarkozy disse que países do Oriente Médio e do norte da África podem receber outros US$ 20 bilhões de países do golfo Pérsico.
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