De acordo com a Bloomberg, o brasileiro se reuniu com Maduro no último dia 23 de novembro, depois que o presidente dos EUA ligou para o líder do país para instá-lo a deixar a Venezuela.
A reportagem destaca o papel de Joesley Batista como mediador, na tentativa de amenizar as tensões políticas entre o governo Trump e a Venezuela.
A Bloomberg diz que autoridades do governo Trump estavam cientes dos planos de Batista de visitar Caracas, mas não foi solicitado a ele viajar em nome dos EUA. "Joesley Batista não é representante de nenhum governo", disse a J&F SA, holding da família Batista, em comunicado à Bloomberg.
A Casa Branca não comentou a reportagem da agência. O Ministério da Informação da Venezuela e o gabinete da vice-presidente Delcy Rodríguez também não responderam aos pedidos da Bloomberg de comentários sobre a visita de Batista.
A viagem de Batista a Caracas ocorreu em meio a sinais crescentes de que o governo Trump está preparando operações militares dentro da Venezuela. Washington denominou o Cartel de los Soles como uma organização terrorista e acusou Maduro de liderar o esquema.
Os Estados Unidos realizam desde setembro vários ataques letais contra embarcações que supostamente transportam drogas no Caribe e no Pacífico, e acusam o ditador Nicolás Maduro de liderar um cartel de narcotráfico.
Caracas nega e argumenta que o objetivo de Washington é derrubar o presidente venezuelano e tomar o controle do petróleo do país.
A reportagem da Bloomberg destaca que a JBS é proprietária da Pilgrims Pride Corp., produtora de frango com sede no Colorado, que doou US$ 5 milhões ao comitê de posse de Trump, a maior doação individual. A agência lembra ainda que a JBS obteve a aprovação da Comissão de Valores Mobiliários para listar suas ações em Nova York.
Batista se reuniu com Trump no início deste ano para defender a remoção das tarifas sobre a carne bovina. A JBS é a maior fornecedora de carne do mundo e tem mais de 70 mil funcionários nos Estados Unidos e no Canadá.
A Bloomberg lembra também dos laços da família Batista com a Venezuela. Há anos, a JBS e Maduro negociaram um acordo de US$ 2,1 bilhões para o fornecimento de carne bovina e frango à Venezuela, em um momento em que o país passava por uma grave escassez de alimentos e hiperinflação.
(Com Agência Estado)
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