Na explosão que ocorreu em 29 de julho, 53 prisioneiros de guerra ucranianos foram mortos. Rússia e Ucrânia, desde então, têm trocado acusações de responsabilidade pelo ataque. Pelo menos outras 75 pessoas ficaram feridas. Tanto Moscou como Kiev têm pedido à ONU que faça uma apuração independente.
Os presos eram, em sua maioria, soldados ucranianos ou combatentes do Batalhão Azov, grupo paramilitar que tem ajudado o Exército de Kiev nos combatentes no país, especialmente na defesa da cidade de Mariupol, tomada pelos russos. A prisão fica na região separatista de Donetsk, no leste.
Segundo o New York Times, os prisioneiros detidos no complexo de Olenivka não eram soldados quaisquer. Estima-se que 2,5 mil deles eram combatentes que atuaram na usina siderúrgica de Azovstal, na cidade de Mariupol. Sua batalha de 80 dias contra uma força russa muito superior a partir de bunkers sob a gigantesca fábrica tornou-se lendária na Ucrânia.
O anúncio de Guterres ocorreu durante uma entrevista coletiva em Lviv, na Ucrânia, após ele se reunir com os presidentes ucraniano, Volodmir Zelenski, e o turco, Recep Tayyip Erdogan.
Em entrevista ao site de notícias da ONU, o general disse ser uma honra atuar na missão internacional. "Tomei conhecimento agora de que o secretário-geral da ONU considerou o meu nome para cumprir uma tarefa na Ucrânia. Fico muito honrado e tenho a certeza de que os companheiros que irão também ser selecionados pelas Nações Unidas são pessoas da mais alta qualidade, e isso é uma grande garantia para o nosso trabalho, para que possamos ter um resultado positivo sobre o assunto que vai ser tratado," afirmou ele ao site.
O general brasileiro já comandou duas missões de paz das Nações Unidas, a Minustah, no Haiti, e a Monusco, na República Democrática do Congo, na África. Ele também produziu um relatório, conhecido como Santos Cruz Report, sobre o funcionamento de missões de paz pelo mundo.
De acordo com o ONU News, Guterres afirmou que o que aconteceu no centro de detenção foi inaceitável. Ele lembrou que todos os prisioneiros de guerra têm de ser protegidos sob a Lei Humanitária Internacional. O chefe da ONU também afirmou que a Cruz Vermelha precisa ter acesso aos detentos. (COM AP)
(Com Agência Estado)
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