Mais da metade da população de 1,2 bilhão de pessoas da Índia foi afetada por um grande blecaute nesta terça-feira (31), um dia depois de outra grande queda de energia. O blecaute atingiu 12 estados, gerando um constrangimento para o governo em um momento em que ele luta para reanimar o crescimento econômico.
A rede elétrica do norte da Índia, que atende a cerca de 300 milhões de pessoas, deixou de funcionar, arrastando também a rede oriental, informaram autoridades locais. "Estamos ocupados agora tentando recuperar estas linhas... Tanto a rede norte como a rede oriental entraram em colapso. Por favor, nos permitam atender a este problema", disse à France Presse o administrador geral da rede norte, V.K. Agrawal.
Estendendo-se de Assam, próximo da China, aos Himalaias e ao deserto do Rajastão, a queda de energia foi a pior a atingir a Índia em mais de uma década. Trens ficaram parados em Calcutá e Nova Déli, e milhares de pessoas saíam dos abafados metrôs da capital quando o moderno sistema subterrâneo parou de funcionar na hora do almoço. Prédios comerciais mudaram seus geradores para combustível diesel e o tráfego nas rodovias ficou congestionado.
"Teremos que esperar por uma hora ou uma hora e meia, mas até lá estamos tentando restaurar o metrô, a ferrovia e outros serviços essenciais", afirmou o ministro de Energia, Sushilkumar Shinde, a repórteres.
Mais de 12 Estados com uma população total de 670 milhões de pessoas ficaram sem energia, com a iluminação cortada mesmo nos principais hospitais em Calcutá. Shinde culpou alguns Estados pelo colapso no sistema que estavam usando mais do que a sua parte de eletricidade da já sobrecarregada rede elétrica.
A terceira maior economia da Ásia sofre com uma insuficiência energética de 10% nos horários de pico, pesando sobre o crescimento econômico.
As redes de energia do sul e oeste do país forneciam energia para ajudar a restaurar os serviços, informou as autoridades. O problema foi agravado por uma fraca temporada de monções nos Estados agricultores, como o cinturão de trigo de Punjab e Uttar Pradesh, nas planícies do Ganges, que tem uma população maior que o Brasil
Com menos chuvas para irrigar as plantações, mais fazendeiros recorrem a bombas elétricas para retirar água de poços.
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